O Furacão Frances, que atingiu a costa leste da Flórida neste fim de semana, atraiu mais atenção da mídia americana do que episódios como o atentado terrorista na escola russa e o estado de saúde do ex-presidente Bill Clinton.
Grandes redes de televisão, como CNN, CBS e NBC, moveram enormes contigentes de jornalistas para cobrir os acontecimentos no local. Algumas dessas emissoras chegaram a transmitir seus telejornais de cidades da Flórida.
Executivos do ramo atribuem a pesada cobertura à intensidade da tempestade, à grande escala de evacuação da população e ao fato de Frances ter chegado logo após o furacão Charley.
A imprensa da Flórida fez planejamentos para não deixar de imprimir e distribuir jornais, apesar dos possíveis estragos provocados pelo furacão. Os jornalistas poderiam trabalhar a partir de hotéis e foram disponibilizados geradores para o caso de falta de energia.
Mesmo assim, os repórteres e fotógrafos foram instruídos a cuidarem de si mesmos. Foram criados turnos para que os jornalistas pudessem preparar suas casas e famílias para a tempestade e aqueles que estavam escalados no momento em que o furacão chegasse foram aconselhados a não se arriscar, não tentar heroísmo e ter cautela. Também as famílias dos jornalistas foram convidadas a ficar nos escritórios dos jornais enquanto durasse a tempestade. As informações são da AP [3/9/04] e de Hal Boedeker [Orlando Sentinel, 4/9/04].