Em um post intitulado “Desculpas aos leitores”, Tom MacMaster, um estudante americano de 40 anos, identificou-se na semana passada como “o único autor de todos os posts” do blog Gay Girl in Damascus (Menina Gay em Damasco). Durante quatro meses, Tom fingiu ser Amina Abdallah Arraf, de 35 anos, lésbica, criada nos EUA mas vivendo em Damasco, na Síria. Em uma entrevista ao blog The Lede, do New York Times, o americano contou que o blog começou meio que por acidente. “Eu criei algo que provocou muito mais interesse do que eu poderia esperar, e, quando tentei encerrar aquilo, acabou crescendo mais”, afirmou, completando que criou Amina – gay e árabe – como um meio de contribuir com discussões online. Seu objetivo era usar a personagem para apresentar “uma perspectiva que normalmente não é ouvida no Oriente Médio” e que seria um desafio para ele, “alguém com aspirações a escritor, escrever com a voz de um personagem” completamente diferente.
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Radialista fora do ar
O radialista britânico Jon Gaunt perdeu o pedido de apelação contra uma determinação judicial em favor do Ofcom, órgão que regula o setor de mídia no Reino Unido. Ele havia entrado na justiça com base no artigo 10 da Convenção Europeia de Direitos Humanos por ter sido censurado pelo órgão após um episódio ocorrido em 2008, em que chamou um político local, no ar, de “nazista” e “porco ignorante”. A entrevista ao vivo com o político, em que era tratada a proibição de fumantes se tornarem pais adotivos, rendeu 53 reclamações de ouvintes. Gaunt posteriormente se desculpou no ar, mas acabou perdendo o emprego. O Ofcom acolheu as queixas e o acusou de violar o código de telecomunicações do país. Em julho de 2010, a alta corte britânica decidiu a favor do Ofcom. Agora, um painel de três juízes rejeitou o pedido de apelação do radialista.
Mais informações aqui (em inglês).