Sunday, 17 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1314

Gongadze: cinco anos de um crime sem solução

Jornalistas, políticos e ativistas se reuniram na sexta-feira (16/9) para homenagear o jornalista ucraniano Georgiy Gongadze no quinto aniversário de sua morte. Gongadze tinha 31 anos quando foi seqüestrado e encontrado morto em uma floresta nos arredores de Kiev. Ele foi espancado, estrangulado, decapitado e teve o corpo queimado.


O caso, considerado o maior escândalo do mandato do ex-presidente Leonid Kuchma, nunca foi solucionado. O jornalista havia escrito matérias sobre um alto esquema de corrupção no governo, e há quem acuse o ex-presidente de responsabilidade pelo assassinato. Uma fita de áudio gravada pelo ex-segurança de Kuchma mostraria uma voz parecida com a dele xingando Gongadze e pedindo que se livrassem do jornalista. O ex-presidente nega as acusações e contesta a autenticidade da fita.


Quando tomou posse no começo do ano, o presidente reformista Viktor Yushchenko prometeu investigar a fundo a morte de Gongadze. Desde então, três ex-agentes policiais estão sob custódia e um quarto suspeito de participação no crime é procurado no exterior. O ex-ministro do Interior Yuriy Kravchenko, que supostamente teria recebido a ordem para ‘lidar com o jornalista’, cometeu suicídio em março, horas antes de depor sobre a morte de Gongadze. Informações de Natasha Lisova [AP, 16/9/05].