Thursday, 19 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Google faz parceria com museu do Holocausto

Quando a gigante de buscas Google juntou forças com o museu Yad Vashem, mantenedor do maior arquivo do Holocausto do mundo, a primeira ação do funcionário Doron Avni foi procurar pelo nome de seu avô, relata Dina Kraft em artigo no New York Times [12/2/11]. Um link levou Avni a uma página operada pelo Google mostrando uma foto de seu avô, Yecheskel Fleischer, tirada em 1941, antes de ele ser solto de uma prisão nazista na Lituânia, então com 27 anos.

Avni adicionou à foto uma legenda com maiores detalhes da história do avô. Além disso, ele pôde adicionar ícones do Facebook, Twitter e outras redes sociais, para imediato compartilhamento. ‘É um divisor de águas que marca uma nova era em nossa habilidade de disseminar e trazer acessibilidade útil ao banco de dados do Yad Vashem’, afirma Avner Shalev, presidente do museu.

Tecnologia

O Yad Vashem começou a digitalizar seus arquivos na década de 90 e tem um site bem amplo. No entanto, com a tecnologia do Google e a expertise de seus funcionários, a informação ficará mais fácil de ser encontrada nos mecanismos de busca.

As fotos estão sendo escaneadas com reconhecimento ótico de caracteres, o que identifica texto em imagens, tornando-as ‘buscáveis’. Assim, se o nome do avô de Avni não estive listado no documento, mas na foto, ele ainda seria encontrado.

A primeira fase da parceria do memorial do Holocausto com o Google inclui 130 mil fotografias em alta resolução, hospedadas em um servidor do Google, com a opção para usuários acrescentarem comentários, incluindo informação histórica ou pessoal. Os planos são incluir os milhões de documentos do Yad Vashem, até mesmo os testemunhos de sobreviventes e manuscritos. Há dois anos, a empresa de internet e o museu começaram seu primeiro projeto em conjunto: um canal do YouTube para ver os testemunhos dos sobreviventes do Holocausto.