Wednesday, 18 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1318

Google fecha parceria com editora francesa

O Google assinou um acordo com a editora francesa Hachette Livre, que detém ¼ do mercado no país, sob o qual milhares de livros com tiragem esgotada serão digitalizados. No ano passado, as empresas fizeram um acordo preliminar, que acabou sendo ofuscado por uma tentativa de acordo maior entre o Google e editoras e escritores americanos para por fim a uma disputa que se arrasta há seis anos.

Na França, o Google tem a intenção de começar a vender versões eletrônicas de livros da Hachette a partir do final do ano, quando lançar a versão francesa da sua livraria digital, a Google Editions. O acordo com a Hachette, que faz parte do conglomerado de mídia Lagardère, não encerra, no entanto, os problemas do Google com as editoras francesas. Pelo menos três delas – Albin Michel, Flammarion e Gallimard – abriram ações contra a empresa, acusando-a de escanear ilegalmente seus livros. Outra editora, a La Martinière, já ganhou no tribunal um caso semelhante contra o Google.

O Google espera que o acordo com a Hachette sirva de modelo para uma maior aproximação com outras editoras. “Adoraríamos implementar acordos semelhantes com outras editoras francesas e é algo que temos em mente quando conversamos com outros parceiros”, disse Simon Morrison, gerente de comunicações e políticas de comunicação do Google em Londres. Segundo a Hachette, serão feitas cópias digitais de livros escaneados para a Biblioteca Nacional da França e outras bibliotecas, contribuindo, assim, para o avanço da cultura francesa.

Difícil resolução

O caso francês tem um diferencial da pendenga do Google nos EUA: a Hachette detém controle de quais livros podem ser escaneados e vendidos, assim como tem com os trabalhos protegidos por direitos autorais no impresso. Sob a proposta americana, o Google poderia digitalizar qualquer livro com tiragem esgotada, a não ser que o detentor do direito autoral expressasse seu desejo de sair do acordo. Em julho, o juiz americano Denny Chin deu ao Google, editoras e escritores prazo até 15/9 para chegarem a um acordo revisado. Se nada for apresentado, o litígio volta ao começo, seis anos depois que autores e escritores processaram o Google pela primeira vez. Informações de Eric Pfanner [The New York Times, 8/8/11].

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