O Google e a rede mundial de agências de publicidade WPP uniram-se no financiamento de uma série de pesquisas para descobrir como anúncios na mídia tradicional e digital influenciam as escolhas do consumidor. As duas empresas investirão US$ 4,6 milhões no programa, com de três anos de duração, que será realizado em instituições como Harvard, MIT e Stanford.
Os pesquisadores terão acesso a dados de clientes do Google e da WPP – como Unilever e Ford. Os estudos pretendem avaliar as melhores maneiras de alocar recursos em publicidade, assim como entender como anúncios online afetam as vendas e a imagem das empresas. Serão usadas informações de psicologia e neurociência para analisar como o cérebro determina se os anúncios na rede são relevantes.
‘Como as empresas estão, de maneira correta, focadas em resolver os problemas individuais de seus clientes, elas não necessariamente dão um passo atrás para ver o cenário completo e desenvolver generalizações úteis’, afirma John Quelch, reitor da Escola de Negócios de Harvard e diretor da WPP, e um dos coordenadores do programa.
Hoje, ainda que haja ânimo com o marketing digital, o anunciante gasta, em média, apenas 9,9% de seu orçamento na internet, segundo a Forrester Research. Ainda assim, a rede é o meio publicitário que mais cresce. ‘O meio digital é recente e não teve a mesma quantidade de estudo rigoroso, como já foi feito com anúncios em TV e no impresso’, diz a analista Emily Riley, da Forrest.
Investimento em conjunto
A WPP e o Google receberam mais de 120 propostas de pesquisa, dentre elas a de Glen Urban, professor do MIT. Ele planeja investigar os hábitos de navegação de internautas para determinar o estilo de pensamento deles – se são mais influenciados por mensagens verbais ou visuais, ou se são mais analíticos ou holísticos.
O projeto de pesquisa não é, entretanto, algo novo. No ano passado, o Publicis Group e o Google anunciaram que trabalhariam em parceria para explorar novas tecnologias de marketing. O Yahoo! também se uniu à HPP e Havas para desenvolver novas tecnologias de anúncios e modernizar a compra de publicidade online. Informações de Emily Steel [The Wall Street Journal, 18/3/09].