Dez anos após o ‘nascimento’ da gorducha, estabanada e adorável personagem Bridget Jones nas páginas do britânico The Independent, a autora Helen Fielding volta ao jornal com uma coluna semanal ‘escrita’ por Bridget. Os textos são publicados toda quinta-feira na edição impressa, e estão disponíveis na versão online. Disponíveis, vírgula: podem ser comprados, por módicos US$ 1.80, no sítio de internet do Independent.
O primeiro ‘Diário de Bridget Jones’ foi criado em fevereiro de 1995. Helen havia sido escalada para escrever uma coluna em primeira pessoa, e resolveu fazer um diário sobre uma solteirona de trinta anos obcecada por se casar e perder peso. A personagem, facilmente identificável com as mulheres de carne e osso da vida real, virou sucesso no Reino Unido.
Dois livros e dois filmes depois, Bridget virou sucesso mundial. O primeiro livro, O Diário de Bridget Jones, surgiu pouco mais de um ano depois do lançamento da coluna no jornal e vendeu mais de 10 milhões de exemplares em todo o mundo. No cinema, a gordinha ganhou o rosto da atriz Renée Zellweger, e os dois principais responsáveis por suas confusões amorosas foram interpretados por Hugh Grant e Colin Firth.
A criação da Bridget original deu início a uma onda de livros voltados às mulheres modernas, com seus problemas e liberdades, com personagens ‘reais’, atrapalhadas e bonitinhas. Segundo Caryn James, do New York Times [19/8/05], nenhuma delas supera a ‘voz literária de Helen Fielding’. A volta da coluna semanal é uma prova do sucesso. Nos textos atuais, Bridget relaciona suas neuras com assuntos recentes e bem variados: terrorismo, a traição do ator Jude Law com a babá de seus filhos, a queda de Madonna (a quem Bridget adora) de um cavalo.