Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Governo dos EUA busca jornalistas

O governo americano acaba de se envolver em polêmica porque veio à tona que seus departamentos de Educação e Saúde haviam pago jornalistas para fazer propaganda disfarçada de seus programas. Mesmo assim, o departamento de Segurança Interna colocou um anúncio no sítio Journalismjobs.com procurando profissionais de imprensa para produzir material para os participantes de uma simulação de ataque terrorista preparada para o congresso. Brian Orloff, da Editor & Publisher [23/2/05], destaca que é comum jornalistas participarem desse tipo de evento, mas não pagos pelo governo. Nesse caso, os repórteres vão ajudar a explicar como a mídia cobriria um ataque terrorista. O anúncio, que já foi tirado do ar porque houve candidaturas suficientes, exigia que os selecionados não tivessem ligação com ‘organizações jornalísticas reais’ e que não escrevam sobre o exercício em nenhum veículo.



Troca de ombudsman no Post

O Washington Post fará uma troca de ombudsman este ano. Michael Getler, no cargo desde o fim de 2000, passará o bastão a Deborah Howell, hoje chefe da sucursal de Washington da Newhouse News Service. O ombudsman é o representante dos leitores no jornal; é ele quem acolhe reclamações e sugestões e serve de ponte entre o leitorado e os repórteres e editores. No Post, o contrato para o cargo é de dois anos, com a possibilidade de renovação por mais um. Durante este período, o ombudsman não pode ser demitido. Ele escreve uma coluna semanal na página de editoriais do jornal e um memorando interno à equipe da redação. Segundo D’Vera Cohn [The Washington Post, 25/2/05], o editor-executivo do jornal, Leonard Downie Jr., descreve Getler como um ótimo ombudsman, e diz que espera que Deborah reúna os mesmos ‘princípios e valores fortes’. Poucos jornais têm o cargo de ombudsman. No Brasil, destaca-se a Folha de S. Paulo.