A BBC e o Ministério das Relações Exteriores britânico declararam no domingo (15/4) que abririam investigação urgente depois de receberem a informação de que o jornalista Alan Johnston teria sido executado por um grupo islâmico pouco conhecido. Correspondente da BBC em Gaza, o veterano repórter foi seqüestrado há pouco mais de um mês; desde então, nenhum grupo havia assumido a autoria do seqüestro ou feito algum pedido em troca do refém.
Em declaração enviada por fax a veículos de comunicação em Gaza, o grupo Kataeb al-Jihad al-Tawheed (Brigadas da Guerra Sagrada e da Unidade, em tradução livre) afirma que matou o jornalista britânico para enviar uma ‘mensagem’ às autoridades palestinas. Forças de segurança palestinas e ocidentais alegam que não há provas de que a afirmação seja verdadeira.
‘Nós soubemos desta declaração, mas ainda não temos nenhuma confirmação independente sobre ela’, afirmou, de Londres, uma porta-voz da BBC. ‘Obviamente, estamos extremamente preocupados sobre o que ouvimos’, completou.
Promessa de vídeo
Na declaração, o grupo islâmico afirma: ‘Nós ordenamos que todos os envolvidos na questão do jornalista, que está conosco, libertem nossos prisioneiros de prisões injustas. […] O mundo inteiro se mobilizou por este jornalista, enquanto ninguém moveu um único dedo para ajudar nossos milhares de prisioneiros. […] Nosso objetivo era mandar uma mensagem clara, mas fomos surpreendidos pela posição do governo de mudar a realidade e de apresentá-la de uma maneira incorreta, o que nos levou a, relutantemente, matar o jornalista para que eles recebam a mensagem o mais rápido o possível’.
O grupo afirmou ainda que divulgaria, em breve, um vídeo com a execução de Johnston, e culpou o governo britânico e as autoridades palestinas pelo assassinato. Segundo o ministro do Interior palestino, Hani al-Qawasmeh, o nome do grupo não é conhecido pelas forças de segurança. ‘Até agora, não há confirmação da execução de Johnston’, afirmou. Informações da AFP [15/4/07].