O apresentador da ultradireita Glenn Beck, da Fox News, enfrentou na semana passada um protesto do grupo judaico Jewish Funds for Justice (JFSJ), que reuniu mais de 10 mil assinaturas pedindo sua saída do canal. Simon Greer, presidente do JFSJ, afirma que, após o tiroteio que deixou seis mortos e feriu gravemente a deputada democrata Gabrielle Gifford em um ato político em Tucson, no Arizona, ‘era hora de uma ação’. ‘Não estamos acusando Glenn Beck, Roger Ailes [presidente da emissora] ou Rupert Murdoch [dono da News Corp] dos tiros em Tucson’, disse. O grupo de Greer afirma, no entanto, que os comentários de Beck estimulam o ódio político, racial e religioso no país. Em pouco mais de um ano, ele fez mais de 400 referências a Hitler e à Alemanha nazista em seu programa.
Beck defende-se e alega ter ‘suavizado’ o tom nos últimos anos. ‘Ninguém quer reconhecer isto. Por quê? Porque fere o discurso’. No entanto, evidências revelam o contrário. Um dos comentários preconceituosos do apresentador classificava o filantropo George Soros como ‘um garoto judeu ajudando a enviar judeus aos campos de concentração’. Beck referia-se ao fato de o pai de Soros, quando ele tinha 13 anos na Hungria, ter escondido sua identidade judaica por meio de documentos falsos para sobreviver ao Holocausto. Com informações de Ed Pilkington [The Guardian, 13/1/11].