Com o objetivo de acabar com o trabalho de freelancers em seus veículos de comunicação, o britânico Telegraph Media Group (TMG) optou por abrir vagas de fim de semana para jornalistas, noticia Oliver Luft [The Guardian, 13/10/08]. O grupo, proprietário dos jornais Daily Telegraph, Sunday Telegraph e do sítio Telegraph Online, abriu 40 vagas para funcionários em tempo integral e parcial. O TMG estipulou o início desta semana para concluir as mudanças, mas ainda há vagas disponíveis. Alguns dos profissionais, que fecharam contratos curtos, trabalharão apenas nos plantões de fim de semana – ou seja, apenas um ou dois dias por semana.
Will Lewis, editor-chefe do TMG, havia enviado mensagem à equipe, em julho, para informar sobre a eliminação dos freelancers e a nova forma de contrato. A medida faz parte de um plano para passar os cargos editoriais de nove para 10 dias de trabalho a cada quinzena – o que fará com que alguns funcionários trabalhem, pela primeira vez, aos sábados. Os ‘prejudicados’ com as mudanças receberão quase US$ 4 mil de uma única vez – em uma espécie de compensação financeira pelo contratempo.
Segundo Richard Ellis, diretor-executivo do grupo, os novos postos incluem cargos de editor de conteúdo, repórter, especialista em mídias digitais e jornalista em tempo parcial. A iniciativa integra os planos de unir as operações editoriais dos jornais e sítios da companhia.
Membros do Sindicato Nacional dos Jornalistas que trabalham no TMG não ficaram satisfeitos com as novidades. Para eles, o grupo está tentando impor, à força, novas práticas contratuais. Uma votação para uma possível greve seria realizada em setembro, mas foi adiada para maiores negociações. Diretores do grupo haviam criticado a reação do sindicato, alegando que haviam feito apenas ‘mudanças essenciais’ para a indústria jornalística.