A Igreja Anglicana expressou, na semana passada, ‘uma profunda preocupação’ sobre a queda de programas religiosos nas emissoras de TV britânicas, ressaltando que não estava criticando somente a rede BBC. Um dos membros da igreja havia solicitado ao Sínodo Geral – espécie de parlamento da igreja – que afirmasse que a BBC, financiada por recursos públicos, estava marginalizando a religião e tomando os programas religiosos da sua programação como um show de bizarrices. O parlamento, por sua vez, disse apenas que expressava sua ‘preocupação sobre a redução geral da programação religiosa em todas as emissoras britânicas nos últimos anos’.
Religião e ética
O anglicano Nigel Holmes, ex-produtor da BBC, abriu uma moção particular acusando a rede de priorizar programas de história natural e jardinagem em vez de temas religiosos, sob alegação de que alguns de seus executivos acreditam que a religião afasta os telespectadores. No ano passado, a BBC ignorou completamente o significado cristão da Sexta-feira Santa, um dos dias mais sagrados no calendário religioso. Holmes argumentou que a BBC deveria ser o alvo da crítica porque é a base das emissoras do serviço público.
Outros membros do parlamento sugeriram que a rede deveria ter mais repórteres especializados em religião, para ‘passar a mensagem religiosa adiante’. A BBC alegou que está comprometida com questões de religião e ética, argumentando que as horas de transmissão sobre o tema variam de ano a ano, mas não há nenhuma tendência de queda. Entre 2008 e 2009, a rede exibiu 164 horas de programação sobre religião e ética em seus canais de TV. Informações de Avril Ormsby [Reuters, 10/2/10].
RODAPÉ