Thursday, 26 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

IHT e NYTimes unidos na rede

O grupo New York Times Company enviou um memorando aos funcionários, na semana passada, anunciando que o sítio do New York Times hospedará, em breve, o sítio do International Herald Tribune – que, por sua vez, será fechado. Segundo Vivian Schiller, diretora-geral do NYTimes.com, a medida não tem relação com corte de custos, e sim com ‘crescimento’. A expectativa, segundo ela, é que o tráfego do sítio aumente e, com isso, também haja um aumento nos anúncios online.

O NYTimes.com registrou 19,4 milhões de visitantes únicos em agosto – já o IHT.com, apenas 2,5 milhões. Neste mesmo mês, os lucros publicitários do grupo New York Times – incluindo o NYTimes e o IHT – caíram 15,1%, comparado ao mesmo período no ano passado. Em contrapartida, os lucros online aumentaram 7,9%.

Especulações

O anúncio da fusão online levou a especulações sobre o futuro do IHT, que funciona em Paris desde 1887 – e pertence à New York Times Company há cinco anos, quando o grupo comprou a outra metade do jornal do Washington Post por US$ 70 milhões. O IHT, que registrou circulação de 241.625 exemplares em 2007, é vendido em 180 países. ‘[Trata-se de] uma marca extremamente forte e que repercute muito bem com o público internacional’, diz o publisher Stephen Dunbar-Johnson, lembrando que, recentemente, houve aumento de circulação particularmente na Ásia.

‘Não há intenção de fechar a marca IHT‘, afirma, ressaltando que o papel do jornal é ser uma edição internacional do New York Times. ‘Nós chegamos à conclusão de que, em vez de investir em um sítio separado, fazia muito mais sentido combinar as duas páginas’. Ainda que as operações online sejam transferidas para Nova York, a versão impressa do IHT continuará a ser produzida na capital francesa. ‘Não temos planos de sair de Paris. […] Acreditamos que há algumas vantagens claras em ficar em Paris, no sentido de que nos ajuda a ter uma perspectiva diferente das coisas. Seria errado editar o jornal nos EUA. Perderíamos nossa perspectiva crítica internacional’. Informações de James Erik Abels [Forbes, 7/10/08] e de Chris Lefkow [AFP, 12/10/08].