Partidos oposicionistas do Egito denunciam que veículos de imprensa estatais, apesar de oficialmente terem ordem de fazer cobertura imparcial, claramente estariam beneficiando o atual presidente, Hosni Mubarak, na campanha para a eleição nacional que se realizará no dia 7/9/05. O diário al-Ahram, que tem quase 130 anos de história e é o mais prestigioso do país, freqüentemente dá ao presidente mais espaço que para todos os outros nove concorrentes juntos. Segundo a Reuters [23/8/05], outros jornais estatais também estariam ridicularizando estes candidatos, além de recomendarem o voto em Mubarak em editoriais. Alguns dos partidos disseram ter reclamado com a autoridade eleitoral, mas não obtiveram resposta.
Israel boicota al-Arabiya após debate frustrado
O governo de Israel resolveu boicotar a emissora por satélite al-Arabiya depois que o vice-gerente do departamento de Mídia Árabe do Ministério de Relações Exteriores do país, Lior Ben Dor, foi cortado no meio de um programa em que debatia com Hassan al-Juni, especialista libanês em lei internacional. Ele acusara o israelense de ser um ‘alto funcionário sionista’, mas este não teve direito de responder, porque o link da al-Arabiya com seu estúdio de Jerusalém foi tirado do ar. Ben Dor protestou imediatamente contra sua exclusão do debate. Nenhum representante de seu ministério dará entrevistas ao canal enquanto não for dada uma explicação para o que aconteceu, segundo o diário israelense Ha´aretz [21/8/05].