Um tribunal militar russo inocentou em segunda instância os seis acusados de assassinarem o jornalista Dmitry Kholodov, em outubro de 1994. Ele investigava a corrupção nas forças armadas da Rússia pós-soviética e, segundo a promotoria, pode ter sido eliminado também para que não revelasse os planos da primeira intervenção russa na Chechênia, que aconteceu dois meses após sua morte. Quatro dos réus são ex-militares.
O juiz que cuida do caso concluiu que a acusação não conseguiu reunir provas suficientes para sustentar que o acusado principal, o ex-paraquedista Pavel Popovskikh, tivesse organizado o assassinato a pedido de militares.
Kholodov, que trabalhava para o popular jornal Moskovsky Komsomolets, morreu ao abrir uma pasta executiva em que pensava haver documentos secretos, mas que continha uma bomba. As confissões dos acusados foram desconsideradas porque teriam sido conseguidas por meio de pressão psicológica e moral. Com informações da Reuters [10/6/04].