A investigação sobre acusações de grampos feitos pelo jornal britânico News of the World será reaberta, noticia Graham Bowley [New York Times, 14/1/11]. Os promotores irão avaliar todas as evidências entregues pela Polícia Metropolitana de Londres durante seu inquérito criminal de 2006 e qualquer material que tenha sido divulgado desde então. ‘O propósito é averiguar se há qualquer material que possa nos fornecer evidências em qualquer futuro processo relacionado às escutas telefônicas’, disseram em declaração.
O caso teve início quando diversas pessoas entraram na justiça contra o News International, grupo proprietário do jornal – um dos maiores tabloides do país –, alegando que seus telefones haviam sido grampeados ilegalmente. Em 2007, o editor Clive Goldman e o investigador Glenn Mulcaire, contratado pelo jornal, foram presos depois de condenados por terem interceptado ilegalmente mensagens de voz dos príncipes William e Harry. Entre os nomes grampeados, também estavam o da atriz Sienna Miller e o do ex-premiê britânico John Prescott.
Questionamentos
O caso foi reaberto pela Polícia Metropolitana, em setembro, depois que a revista do New York Times publicou um artigo no qual ex-funcionários diziam que editores do jornal teriam simplesmente fechado os olhos para os grampos ilegais. A matéria também levantou questões sobre se a polícia havia investigado completamente as evidências do caso.
No mês passado, o serviço de investigação afirmou que não houve evidências suficientes para levantar acusações contra Andy Coulson, ex-editor do jornal. Coulson, que é agora diretor de comunicação do primeiro-ministro David Cameron, negou ter tomado conhecimento dos grampos. Em declaração, o News of The World afirmou que irá cooperar com os promotores.