A batalha dos jornais gratuitos começará em breve em Israel, com o lançamento de pelo menos três diários em hebreu nas próximas semanas, noticia Matthew Krieger [The Jerusalem Post, 12/7/07]. No país, o gratuito Israeli já é publicado pelo empresário Shlomo Ben Tzvi.
As novas publicações são iniciativas do bilionário americano Sheldon Adelson, o quinto homem mais rico do mundo; de uma equipe formada por Eli Azur, proprietário do Jerusalem Post, e por Dudi Weissman, proprietário da cadeia de supermercados Blue Square e do grupo de energia Dor Alon; e de Arnon Mozes, publisher do Yediot Aharonot, o maior jornal de Israel.
Os gratuitos fazem parte de uma tendência mundial, focada na distribuição em metrôs ou em pontos de ônibus. Em Israel, no entanto, eles são praticamente uma novidade. ‘Ainda é muito cedo para dizer se estes jornais vão sobreviver’, avalia Gadi Wolfsfeld, professor de comunicação e ciência política da Universidade Hebraica. ‘Parte do problema que eles enfrentarão é que, ao contrário de Nova York e Londres, onde os jornais são distribuídos no metrô, neste país não temos um sistema de metrô’.
Novas estratégias
O Israeli, lançado em 2006, possui tiragem de 180 mil cópias diárias e é distribuído em estações de trem e postos de gasolina. O jornal foi fechado no começo deste ano, por um curto período de tempo, após uma briga entre Ben Tzvi e Adelson, por suspeitas de que Tzvi estaria usando fundos israelenses para outros projetos.
Adelson distribuirá por correio a tiragem de 300 mil cópias do Yisrael Hayom, que será publicado por sua empresa, a NewsCo. Já a publicação de Azur e Weissman, Metro, terá tiragem de 250 mil. O diário de Mozes, que ainda não tem título, tem previsão de circulação de 300 mil e deverá ser distribuído em diversos pontos de Israel, como supermercados.
Desafio
A circulação total gratuita destes diários contabiliza mais de um milhão de cópias, em um mercado no qual a circulação paga em 2006 foi de apenas 750 mil. ‘Vai ser uma guerra’, prevê Golan Bar Yosef, editor do jornal de Azur e Weissman. ‘Temos uma vantagem, pois não vamos competir diretamente com outros jornais, porque vamos ser um jornal vespertino, e não matutino’, diz ele. O Yisrael Hayom deve começar a ser publicado esta semana; o Metro, em agosto; a publicação de Mozes ainda não está finalizada.