Enquanto a crise financeira global assusta os mercados, há quem tenha se beneficiado dela. Na tentativa de compreender a crise e como ela afeta o bolso, os leitores buscaram os veículos de comunicação. No Reino Unido, informa Oliver Luft [The Guardian, 7/11/08], alguns jornais tiveram notícias boas no mês passado; para outros, a crise não ajudou tanto assim.
O Financial Times registrou, em outubro, aumento de 5,19% nas vendas diárias (totalizando 451.676 cópias) em todo o mundo, comparado ao mês anterior, segundo dados do Audit Bureau of Circulations. Comparado ao acúmulo em um ano, este índice foi de 0,51%. O diário vende a maior parte de suas cópias no exterior. Ainda assim, no mês passado, a circulação no Reino Unido e na Irlanda foi de 154.794 cópias ao dia – incluídas as 44.348 vendidas para hotéis, companhias aéreas e academias, que as distribuem aos clientes. Nos EUA, a tiragem foi de 131.408; já a edição européia teve 123.125 exemplares; e a asiática, 42.346.
O Guardian registrou acréscimo de 1,55% nas vendas de outubro, em comparação ao mês anterior, totalizando 354.272 de exemplares. Anualmente, as vendas caíram 2,81%. O aumento nas vendas, no entanto, não foi para todos. O Independent, que teve seu preço ajustado e foi relançado em cores em setembro, registrou queda nas vendas de outubro – 16,29% no índice anual e 9,02% no mensal. No mês passado, no Reino Unido, foram vendidas 201.019 cópias diárias.
O Daily Telegraph também não teve um outubro favorável – com queda mensal de 0,95% e anual de 4,44%. As vendas do Times caíram 1,33% no mesmo mês, na comparação mensal, e 2,07% na comparação anual.