Edições do jornal britânico Daily Star foram retiradas das bancas dos aeroportos de Gatwick e Manchester, no Reino Unido, para evitar que a manchete ‘Terror quando avião atingiu nuvem de fumaça’, acompanhada de uma imagem de turbinas em chamas, pudesse provocar pânico. A foto foi tirada, na realidade, de uma reconstrução de um incidente ocorrido há 28 anos, no qual as turbinas de um avião foram incendiados por cinzas vulcânicas. O documentário, exibido anteriormente no National Geographic, foi exibido no Channel Five na quarta-feira [21/4].
Segundo o diretor de comunicação do aeroporto de Gatwick, Andrew McCallum, a imagem era inapropriada em um momento de caos aéreo por conta da erupção no vulcão Eyjafjallajokull, na Islândia, que espalhou cinzas pelo espaço aéreo europeu. ‘Consideramos que era inapropriado, neste momento, depois de seis dias de caos, com pessoas ansiosas para chegar a seu destino de férias ou em casa, ter estas imagens geradas por computador na capa do jornal’, explicou. O repórter e um fotógrafo do diário também tiveram que deixar o aeroporto. A administração do local, no entanto, garante que o pedido para que eles saíssem não teve relação com a matéria de capa e fazia parte da posição dos administradores em relação à cobertura do caos aéreo.
Já Russell Craig, assessor do aerporto de Manchester, afirmou que a manchete tinha potencial para causar ‘pânico absoluto’ entre passageiros e que, por isso, a administração considerava uma proibição permanente ao jornal. ‘Sentimos que, ao gastarmos um tempo longo neste aeroporto, nos últimos seis dias, com pessoas assustadas, o fato de publicar algo como esta manchete, mesmo que não tenha sido de modo intencional, pode causar pânico entre passageiros’, observou. Informações de John Plunkett [The Guardian, 21/4/10].