O massacre de Columbine, série de assassinatos em uma escola do Colorado, nos EUA, em 1999, chocou o mundo. Na ocasião, os jovens Eric Harris e Dylan Klebold mataram 12 colegas e um professor e se suicidaram. Veículos de comunicação americanos e parentes das vítimas já tiveram acesso a imagens de vídeo gravadas pelos dois assassinos, onde eles exibem seu arsenal e falam avidamente sobre o plano de atacar a escola.
O jornal Denver Post requisitou à Suprema Corte do Colorado permissão para a divulgação pública de filmagens, gravações de áudio e anotações feitas por Harris e Klebold meses antes do massacre, noticia Jon Sarche, da AP [13/9/05]. No entanto, os pais dos assassinos e o delegado do condado de Jefferson lutam para impedir a divulgação do material.
Um juiz do condado determinou que os documentos, incluindo um diário escrito pelo pai de Harris, não deveriam ser divulgados publicamente. Mas a Corte de Apelação do Colorado determinou, no ano passado, que vídeos e anotações são registros públicos. Por isso, foi ordenado ao juiz que reconsiderasse a decisão de não divulgá-los – pois ela seria contrária ao interesse público. Os pais e o delegado apelaram para a Corte máxima do estado. O advogado do jornal, Steven Zansberg, argumenta que as fitas e as anotações são registros públicos, pois foram usados na investigação do caso e estão sob custódia do departamento policial. Os advogados dos pais de Harris e Klebold temem que a divulgação do material inspire outros ataques como o de Columbine.