A editora de mídias sociais do New York Times, Jennifer Preston, postou no Twitter uma mensagem afirmando que voltaria ao cargo de repórter em tempo integral, cobrindo mídias sociais. O jornal tem planos de eliminar sua posição no começo de 2011 e passar as responsabilidades de mídias sociais para a equipe de notícias interativas, comandada por Aron Pilhofer.
A decisão faz parte dos esforços do NYTimes de integrar de maneira mais completa as operações das versões impressa e digital. Também é um reconhecimento de que as mídias sociais precisam ser uma responsabilidade compartilhada da redação. ‘As mídias sociais não podem pertencer a uma só pessoa; elas precisam fazer parte do trabalho de todos’, explicou Jennifer. ‘Elas têm de ser integradas aos processos editorial e de produção já existentes’.
Em agosto, este argumento foi enviado por Jennifer em um memorando à chefe de redação, Jill Abramson, reforçando a ideia de que o cargo não era mais necessário. Para ela, os repórteres e editores já haviam entendido o valor das redes sociais para reportagens, atualizações em tempo real e interação com os leitores.
Aprendizado
Quando Jennifer começou no cargo de editora de mídias sociais, há um ano e meio, alguns jornalistas já faziam uso de sites como Twitter e Facebook, mas não havia um entendimento global na redação sobre a importância destas ferramentas. Ela encontrava-se regularmente com editores e repórteres para demonstrar como eles poderiam usar as redes não apenas para promover conteúdo, como para construir comunidades e atrair novas audiências. Agora, elas são usadas frequentemente para publicar notícias em tempo real. Alguns departamentos usam também o Facebook para criar comunidades sobre determinados temas.
Editores de mídias sociais começaram a ser contratados a partir de 2009 nos EUA. Jennifer defende que a adoção do cargo é algo importante para as redações, mas acredita que o posto deve ser temporário, e nunca permanente. ‘Na medida em que mais pessoas na redação usam regularmente as mídias sociais, o cargo torna-se cada vez menos necessário’, opina. Informações de Mallary Jean Tenore [Poynter.org, 9/12/10].