‘Neste mundo moderno super-civilizado, não temos muita oportunidade de ver a aparência dos americanos médios sob suas roupas. E, após examinar duas populares revistas nudistas, posso dizer quer que isso provavelmente é uma boa coisa’, escreve Peter Carlson, no Washington Post [13/7/04].
As duas revistas, uma amostra curiosa do amplo mercado de publicações segmentadas dos EUA, são N: Nude & Natural e Travel Naturally. A primeira é o título oficial do grupo Natural Society. Como veículo de uma associação, seu conteúdo é bastante politizado, com artigos sobre aspectos legais do nudismo, por exemplo. Abre-se espaço também para o debate entre os leitores que, ao contrário do que se poderia pensar, têm perfis bastante diversificados. Numa dessas cartas de leitor, o autor se queixa ‘desses naturistas (que é como se autodenominam os nudistas) cristãos chatos’ e seus discursos intermináveis sobre ‘valores familiares’.
Travelling Naturally é menos engajada e trata principalmente de destinos turísticos nudistas, como o Caliente Resort & Spa, um hotel na Flórida onde ‘mesmo nudistas ferrenhos podem se sentir mal-vestidos em meio a tanto luxo’. Traz também artigos históricos e uma seção com as últimas notícias dos que apreciam andar por aí nus, como a cantora canadense Alanis Morisette, que revela deixar alguns amigos desconcertados por ser uma ‘nudista do tipo que deixa a porta do banheiro aberta’.