Estreou na semana passada, nos cinemas americanos, o longa How to Lose Friends & Alienate People, baseado no livro homônimo (Como fazer inimigos e alienar pessoas, em versão publicada no Brasil pela editora Record) do jornalista inglês Toby Young sobre sua desastrosa experiência na revista Vanity Fair. As memórias de Young, publicadas em 2001, descreviam seus esforços para impressionar o editor Graydon Carter e conseguir trabalhar para a revista de luxo americana e, posteriormente, seu fracasso ao não ter o contrato renovado.
Na semana passada, a New York Magazine voltou no tempo para acusar o jornalista de plágio. Segundo artigo de Justin Shubow [3/10/08] no sítio da revista, diversas passagens do livro se parecem com trechos de matéria publicada no New York Times em 1996. Assinado por John Tierney, o texto no jornalão descrevia, de maneira ácida, os hábitos da equipe da revista da editora Condé Nast. Shubow procurou Tierney – que não havia lido o livro de Young – e lhe mostrou as semelhanças. O jornalista concluiu que realmente parecia plágio. ‘Teria sido legal se ele tivesse me dado crédito’, afirmou. Graydon Carter concorda. ‘Para mim, isto é plágio’.
Shubow também procurou Young, que acabou admitindo que o artigo de Tierney foi usado como fonte de inspiração para algumas passagens do livro. Ele refutou, entretanto, a idéia de que tenha quebrado ‘o código de ética’. ‘Não acho que se possa chamar isto de plágio’, afirmou. ‘Não estou dizendo que inventei estas frases’. Em comentário publicado ao pé do artigo de Shubow, Young afirma que citou o texto de Tierney no livro, em uma nota de rodapé, e que as expressões tidas como iguais às usadas pelo jornalista do NYTimes aparecem entre aspas.