Foi assassinado em 1/9 o jornalista venezuelano Mauro Marcano, que havia divulgado informações sobre corrupção de tráfico de drogas. Marcano foi atacado por dois homens quando saía de sua casa na cidade de Maturín, no estado de Monagas. Ele foi atingido por tiros na cabeça e na perna. Segundo a polícia, a precisão dos tiros mostra que o trabalho deve ter sido feito por atiradores profissionais. Marcano era membro do conselho local, apresentava um programa na Radio Maturín 1.080 AM e escrevia uma coluna semanal no jornal local El Oriental. Ele costumava escrever sobre o tráfico de drogas na região, e abordava também temas como escândalos envolvendo políticos e empresários. Sua última coluna, publicada em 31/8, noticiava que alguns quilos de cocaína haviam desaparecido depois de apreendidos pela polícia local. A organização Repórteres Sem Fronteiras [8/9/04] escreveu uma carta para o fiscal-geral da República, Isaias Rodrigues, onde afirma que a morte de Marcano ‘é problemática por causa da natureza de seu trabalho’ e pede que todo o possível seja feito para que se descubra o motivo do assassinato do jornalista e para que seus assassinos sejam punidos. ‘Até que este crime seja solucionado, os jornalistas da região irão se sentir ameaçados’, diz a carta.
Prisão revolta imprensa no Iêmen
Membros do Sindicato dos Jornalistas do Iêmen protestaram diante da redação do jornal al-Shoura depois que seu editor-chefe, Abdul Karim Al-Khaiwani, foi preso e condenado a um ano de prisão por difamação, sem direito a recurso. O juiz responsável pelo caso também proibiu a publicação do jornal pelos próximos seis meses. O jornalista foi tirado da redação por policiais diante de colegas atônitos. O lugar onde estava preso só foi revelado depois que jornalistas se organizaram para pressionar as autoridades. Segundo a Federação Internacional de Jornalistas [7/9/04], os integrantes do sindicato estão especialmente irritados com fato de uma decisão judicial como essa ter acontecido apenas dois meses após o presidente do país haver determinado que os profissionais de imprensa não deveriam mais ser presos.