O jornalista libanês Ibrahim Moussawi, que tem laços com o grupo militante Hezbollah, foi proibido de entrar no Reino Unido. Moussawi discursaria na London School of Oriental and African Studies, mas teve o visto negado. O jornalista é editor do jornal al-Intiqad, ligado ao Hezbollah, e já dirigiu a al-Manar, emissora de TV do grupo.
Membros do Partido Conservador britânico, que pediram que Moussawi não entrasse no país, o acusaram de ser um ‘famoso extremista’ conhecido por comentários anti-semitas. O jornalista participaria de um curso sobre a política no Islã, como um ‘especialista no Hezbollah e na teoria política islâmica’. Segundo a universidade, ele debateria a ‘história, estratégia e ideologia’ do Hezbollah, além de questões da política atual.
Ameaça
Em 2007, Moussawi já havia sido barrado na Irlanda. Ele nega ter feito comentários inflamatórios ou anti-semitas. No início de 2008, apesar da grande oposição dos conservadores, ele recebeu permissão para visitar o Reino Unido para participar de eventos acadêmicos. Desta vez, o líder do Partido Conservador, David Cameron – que já havia descrito o jornalista como ‘perigoso’ –, escreveu à ministra do Interior, Jacqui Smith, pedindo que o mantivesse longe do país.
No mês passado, o governo britânico proibiu a entrada do polêmico deputado holandês Geert Wilders sob a justificativa de que sua presença seria uma ameaça à segurança nacional. Wilders, que chama o Corão, livro sagrado muçulmano, de ‘livro fascista’, queria apresentar seu controverso filme sobre o Islã na Câmara dos Lordes. Informações da BBC News [13/3/09].