Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Jornalistas da Reuters querem greve

Funcionários da Reuters em Londres concordaram em fazer uma votação formal sobre uma greve para protestar contra os planos da agência de reduzir o números de empregos e transferir a equipe editorial para o escritório da Bangalore, na Índia, e para outros lugares do mundo com mão-de-obra barata.

A greve pode afetar a prestação de serviços da agência – como o de notícias em tempo real, altamente usado. No entanto, uma votação entre os funcionários não deve acontecer antes de janeiro, informou Dan Sabbagh [The Times, 24/11/04]. O organizador do Sindicato Nacional dos Jornalistas (NUJ) Barry Fitzpatrick afirma que o sindicato pretende convidar a direção da agência para uma reunião, onde os jornalistas poderão rever sua posição. Se não houver sucesso nas negociações, é provável que a greve aconteça no início do ano que vem.

A Reuters emprega hoje 2.300 jornalistas, sendo 400 em Londres, e um total de 14.700 funcionários ao redor do mundo. A companhia está sob pressão para reduzir os custos por causa da queda das vendas de notícias. A agência enfrenta um programa de reestruturação que deve durar três anos e tem como meta a economia de 440 milhões de libras até o final do ano que vem.

Os funcionários temem que 250 empregos de jornalistas (mais de 10%) sejam afetados na próxima leva de cortes e transferências que está para ser anunciada. Um porta-voz da Reuters disse 250 era um número exagerado, mas não deu nenhum número alternativo.