Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Jornalistas estrangeiros acusados de colaborar com a al-Qaeda

Jornalistas da BBC, CNN e outros veículos internacionais na Líbia estão sendo considerados ‘colaboradores da al-Qaeda’ e simpatizantes do terrorismo pelo governo do país, podendo ser presos, informou o Departamento de Estado dos EUA.


Repórteres do jornal britânico Guardian e do canal ITV News estão entre dezenas de profissionais de imprensa que conseguiram entrar no país esta semana – é a primeira vez em quatro décadas. A maior parte entrou pela fronteira leste com o Egito, ‘livre’ do regime de Muammar Gaddafi. Outros vieram da fronteira com a Tunísia.


Apesar das críticas à imprensa internacional, a Líbia permitiu que alguns repórteres ficassem no país, mesmo com a proibição de longa data. ‘Em encontros com funcionários do alto escalão do governo, os diplomatas americanos permitiram que alguns jornalistas da CNN, BBC em árabe e al-Arabiya ficassem no país, apesar da situação atual. Mas os que entraram ilegalmente são considerados colaboradores da al-Qaeda’, anunciou o Departamento de Defesa. Khalid Kayem, ministro do Exterior líbio, disse que jornalistas serão presos se forem pegos pelo governo, pois são considerados colaboradores do terrorismo.


A capital, Trípoli, permanence amplamente fechada para a mídia internacional. Martin Chulov, correspondente do Guardian, e Ben Wedeman, da CNN, foram os primeiros jornalistas ocidentais a enviar relatos da segunda maior cidade do país, Benghazi. A correspondente do jornal O Globo, Deborah Berlink, chegou ao país na quinta-feira (23/2). Informações de Josh Halliday [The Guardian, 24/2/11].