Thursday, 21 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Jornalistas libertados em acordo com a igreja

Nove jornalistas cubanos presos desde 2003 chegaram esta semana à Espanha após serem libertados como parte de um acordo entre o governo de Raúl Castro e a Igreja Católica de Cuba. Os profissionais estavam entre os 52 dissidentes políticos detidos em 2003 durante uma onda repressiva que ficou conhecida como Primavera Negra. Outros 11 jornalistas continuam presos.


Apesar do acordo para libertar os dissidentes, o governo cubano continua a insistir que os cidadãos detidos há oito anos não são prisioneiros de consciência, e sim mercenários pagos pelo governo dos EUA e apoiados por exilados em Miami com o único objetivo de desacreditar o regime de Fidel Castro – hoje aposentado.


Com o anúncio do acordo, o dissidente Guillermo Farinas encerrou seu longo protesto pela soltura dos prisioneiros. Ele fazia greve de fome há 135 dias, e estava bastante debilitado. Em entrevista à emissora Euronews, Guillermo afirmou que agora é hora da ‘oposição pacífica’ pressionar para ampliar as reformas em Cuba. ‘Depende do povo cubano, mas também da mídia internacional, governos, parlamentos e organizações políticas em todo o mundo’, disse.