Mais de 100 jornalistas mexicanos se reuniram num monumento na fronteira com os EUA na cidade de Nuevo Laredo para protestar contra o assassinato de quatro colegas de profissão, dois deles mortos no estado nortista de Tamaulipas. Os manifestantes exigiram que as autoridades investiguem com afinco os crimes e garantam condições de segurança para o exercício do jornalismo. No dia 31/8, o colunista Francisco Arratia Salderna foi encontrado com o crânio e mãos quebradas, além de marcas de queimaduras, em Matamoros. Em março, o editor Roberto Javier Mora Garcia foi encontrado com mais de 25 facadas em frente à sua casa, em Nuevo Laredo. Em junho, Francisco Ortiz, fundador do combativo jornal Zeta, foi morto a tiros quando chegava na cidade de Tijuana, acompanhado de seus dois filhos, de 8 e 10 anos. O corpo de Leodegario Aguilera Lucas, editor da revista Mundo Político, foi encontrado num canal de águas pluviais após ser seqüestrado em Acapulco, em maio. As informações são da AP [12/10/04].
Peruanos deixam TV após problema com Toledo
O apresentador e a diretora do programa político Cuarto Poder, do Peru, bem como o diretor da emissora que o transmite, América Televisión, pediram demissão porque o presidente do país, Alejandro Toledo, exigiu que fosse feito um pedido de desculpas no ar por causa de uma reportagem que o colocou em situação comprometedora. Carlos Espá e Rosana Cueva, apresentador e diretora, disseram que foram avisados de que a diretoria da rede estava de acordo com Toledo. Julio Aliaga, diretor da estação, reuniu-se com Toledo e lhe ofereceu uma aparição no programa, mas ele insistiu na retratação. Aliaga, ao saber que seria forçado a ordenar o pedido de desculpas, deixou seu posto. O presidente da diretoria do Grupo Plural TV, proprietário da América Televisión, José Antonio Miró Quesada, nega ter sido pressionado pelo governo para que a vontade de Toledo fosse feita. As informações são do Instituto Prensa y Sociedad [11/10/04].