Segundo o New York Times, o juiz da Suprema Corte dos EUA Anthony Kennedy é ‘amplamente visto como um dos defensores mais vigilantes dos valores da Primeira Emenda’. Pelo menos, era. Depois de ter discursado para estudantes secundários da escola Dalton, em Nova York, seu gabinete alertou ao jornal da escola, o Daltonian, que nenhum artigo poderia ser publicado sem sua autorização prévia. O Daltonian justificou a não publicação de artigo sobre a visita de Kennedy, no dia 28/10, alegando ‘numerosas restrições’, e prometeu maiores explicações em edições futuras.
O gsbinete de Kennedy chegou a receber um rascunho do artigo e devolveu-o ao jornal com alguns ‘pequenos ajustes’. As citações, por exemplo, foram abreviadas, para garantir que estavam claras e precisas, revela o blog do Knight Center for Journalism in Americas [13/11/09]. O NYTimes classificou o episódio como ‘uma lição sobre independência jornalística’ e outros escreveram ser algo para ‘não se ensinar sobre jornalismo’. O editorial do Baltimore Sun, por sua vez, foi mais enfático e afirmou que ‘teria sido melhor deixar escapar um deslize factual – que posteriormente poderia ser corrigido com uma carta ao editor – do que jogar fora a tradição de séculos de uma imprensa livre’.