Um juiz federal determinou que o jornalista David Ashenfelter, do jornal americano Detroit Free Press, deve responder a questões na justiça sobre fontes anônimas que usou em uma matéria de 2004 sobre uma investigação sofrida por um procurador. Ashenfelter foi intimado a depor e não compareceu ao tribunal, em outubro. Dois meses antes, o juiz Robert Cleland havia determinado que o repórter não gozava do privilégio do sigilo de fontes porque se tratava de uma ação legal.
Paul Anger, editor do Free Press, havia afirmado que a intimação do jornalista prejudicava a liberdade de imprensa e o direito do público à informação. ‘Fontes não fornecerão mais informações ao público sobre condutas impróprias de membros do governo se temerem uma retaliação’, declarou o editor. ‘Estas fontes merecem proteção, assim como os repórteres’.
Ashenfelter foi intimado a testemunhar em um processo aberto contra o governo pelo ex-procurador federal Richard Convertino. Em 2004, Ashenfelter publicou reportagem sobre um inquérito do Departamento de Justiça dos EUA contra o procurador, que era acusado de ocultação de provas em um caso de terrorismo em Detroit. Convertino quer descobrir quem, no Departamento de Justiça, vazou informações sobre a investigação ao jornal. Ele alega que seu direito à privacidade foi violado. Informações da AF [8/11/08].