Saturday, 21 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Juiz vai à Costa do Marfim investigar assassinato

O juiz francês Patrick Ramael vai voltar à Costa do Marfim para aprofundar a investigação do desaparecimento do jornalista independente Guy-Andre Kieffer, correspondente do informativo bissemanal em língua francesa La Lettre du Continent, sobre assuntos africanos. Kieffer foi visto pela última vez no dia 16/4 num centro comercial de Abidjan. A única pessoa presa desde então foi Michel Legre, cunhado da primeira-dama do país, com quem o repórter tinha encontro marcado no mesmo dia. Um computador portátil do jornalista foi encontrado na casa de Legre por autoridades da Costa do Marfim. Ele é um dos que Ramael quer interrogar em sua nova visita, que deve durar 10 dias. Fontes da AFP [21/6/04] afirmam que ele tem uma lista de pessoas próximas ao presidente Laurent Gbagbo com quem deve falar. Em outubro, o radialista francês Jean Helene foi morto a tiros por um policial no país africano.



Imprensa prejudicada na Colômbia

A organização Repórteres Sem Fronteiras [22/6/04] reclama das condições impostas pelo governo da Colômbia aos veículos interessados em cobrir as negociações de paz entre autoridades e líderes do grupo paramilitar Autodefesas Unidas da Colômbia, marcadas para começar no dia 1/7. No dia 15/6, o departamento de imprensa do Alto Comissariado de Paz anunciou que os veículos de comunicação teriam três dias para obter credenciais em Bogotá. Segundo a RSF, isso praticamente inviabilizou solicitações de jornalistas estrangeiros, que não tiveram tempo hábil para se inscreverem, e de publicações regionais da Colômbia que não têm representantes na capital. ‘Seu desejo de evitar que as negociações virem um ‘espetáculo’ não devem levá-lo a infringir a liberdade de imprensa’, concluiu a organização, em carta ao alto comissário de Paz, Luis Carlos Restrepo. Em maio, ele havia declarado que não iria permitir um ‘circo da mídia’ no encontro com as AUC, com o que se referia às negociações realizadas entre 1998 e 2002 pelo então presidente Javier Pastrana com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, a que a imprensa teve livre acesso.