O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, recebeu da Scotland Yard, nesta quinta-feira [28/6], uma carta pedindo que se apresente à polícia para tratar de sua extradição. O aviso foi endereçado ao ciberativista e à embaixada do Equador em Londres.
Há duas semanas, a Suprema Corte britânica rejeitou o último apelo de Assange contra o pedido de extradição para a Suécia, onde ele é acusado de estupro. Na semana passada, o fundador do WikiLeaks buscou refúgio na embaixada equatoriana; ele pede asilo político ao presidente Rafael Correa.
Perseguição política
Defensores de Assange alegam que o caso sueco seria na verdade um pretexto para enviá-lo aos EUA, onde poderia responder por crimes de espionagem e ser condenado à pena de morte. Nos últimos anos, o WikiLeaks divulgou uma enxurrada de documentos secretos sobre as guerras do Iraque e Afeganistão, além de telegramas diplomáticos americanos que deixaram muitos governos e empresas irritados. Assange acredita que, assim que pisar na Suécia para ser interrogado, será mandado aos EUA.
Em declaração, a Scotland Yard afirmou que a carta é procedimento padrão em casos de extradição – trata-se do primeiro passo para o processo de remoção. Assange, afirmou a instituição, violou as regras de sua prisão domiciliar ao fugir para a embaixada equatoriana, e pode ser preso assim que deixar o local. Sob acordos diplomáticos, a polícia não pode entrar na embaixada para prender Assange. O Equador anunciou que avalia o pedido de asilo. Com informações da BBC News [28/6/12].