Três jornais marroquinos perderam, na segunda-feira [29/6], um processo aberto pelo líder líbio, Muamar Kadhafi, por ‘ataques à dignidade de um chefe de Estado’. Os três diários independentes – Al Jarida Al Aoula, Al Ahdat Al Maghribia e Al Massae – foram multados em cerca de 270 mil euros por um tribunal em Casablanca. O valor ficou, entretanto, bem abaixo do que era pedido por Khadafi – cerca de oito milhões de euros. Ali Anouzla, diretor do Al Jarida Al Aoula, afirmou que a decisão do tribunal foi um ‘veredicto político dado por um judiciário sem independência’. Anouzla disse ainda que seu jornal continuará a publicar artigos críticos ao regime líbio e que pretende apelar da sentença. Informações da AFP [29/6/09].
Editor do Telegraph responde a crítica de parlamentar
O jornal britânico Daily Telegraph publicou em maio uma série de artigos denunciando gastos exorbitantes de membros do Parlamento com dinheiro público. O escândalo abalou a imagem do Parlamento; na lista da gastança abusiva estavam vídeos pornográficos, reformas nas casas dos parlamentares, pagamento de funcionários pessoais e até uma ilha flutuante para patos. O politico Michael Howard, entretanto, alegou que parte da cobertura do jornal havia sido imprecisa e parcial. Ex-líder do Partido Conservador, Howard reconhece o ‘serviço público’ prestado pelo Telegraph ao expor os abusos no sistema, mas diz que o jornal falhou, em muitos casos, em distinguir a falta de ética da simples inocência, colocando todos os parlamentares no mesmo saco. ‘Isso foi ruim para a democracia’, completa. Diante da crítica, o editor Will Lewis manteve sua posição de que a série de reportagens ajudou a abrir caminho para um Parlamento mais ‘aberto’ e permitiu que uma ‘nova geração’ seja eleita. A cobertura levou à saída de diversos parlamentares, impulsionou reformas e fez com que a polícia britânica abrisse um inquérito sobre o caso. Informações da BBC News [28/6/09].