Monday, 23 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Kitty Kelley acusada de plágio

Depois de sofrer críticas ao lançar o livro The Family: The Real Story of the Bush Dinasty, a especialistas em biografias Kitty Kelley agora sofre um processo judicial, informa Edward Wyatt [The New York Times, 17/11/04]. Ela é acusada de plágio pelo escritor e jornalista freelancer Glynn Wilson, que no começo deste ano escreveu um artigo sobre as atividades de George Bush no Alabama, em 1972. O assunto foi tema de debate durante a campanha presidencial, ao se questionar se Bush teria cumprido com suas obrigações quando prestou serviço à Guarda Nacional, e foi descrito no livro de Kitty. Sete parágrafos de The Family, lançado em setembro, contém trechos parecidos aos publicados no artigo ‘George W. Bush´s Lost Year in 1972 Alabama’, de Wilson, publicado em fevereiro em seu sítio na internet, o Southerner Daily News. O repórter freelancer também fez textos para o New York Times sobre outros assuntos relacionados ao presidente, como a acusação de que Bush fazia uso de cocaína e maconha quando vivia no Alabama – outro tema explorado pelo livro de Kitty. ‘Ela basicamente usou minha pesquisa’, protesta Wilson, que pede na justiça uma indenização de US$ 5 milhões à escritora e à editora responsável pela publicação do livro, a Random House, por infração de direitos autorais.

Leia também

Biografia preocupa presidente

Fonte de livro desmente comentário

EUA premiam livro sobre o Paraguai

O National Book Award, uma das mais importantes premiações literárias dos EUA, revelou em 17/11 os vencedores deste ano. Organizado pela National Book Foundation, o concurso teve uma edição atípica. Primeiro, pela concentração de atenções voltadas à categoria de não-ficção, que contou com um candidato inesperado: o relatório sobre os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. O documento governamental não levou o prêmio. Segundo, pela falta de atenção à categoria de ficção, que normalmente recebe maior destaque. O problema, como já havia apontado o jornal New York Times, foram os finalistas: cinco livros de autoras desconhecidas, todas moradoras de Manhattan e todas com o mesmo estilo literário. A vencedora – que em seu discurso agradeceu às ‘desconhecidas colegas’ que disputaram o prêmio com ela – foi Lily Tuck, com o livro The News from Paraguay, romance histórico passado no século 19. Lily, que nasceu na França e nunca esteve no Paraguai, afirmou que não sabe por que escolheu o país para ‘protagonizar’ seu livro. Não importa: levou o prêmio de US$ 10 mil. Informações de Claudia Parsons [Reuters, 17/11/04].