O ex-presidente ucraniano Leonid Kuchma foi interrogado, na semana passada, sobre a morte do jornalista Georgiy Gongadze. Crítico ferrenho do governo de Kuchma, Gongadze foi seqüestrado, há cinco anos, e encontrado decapitado em uma floresta próxima a Kiev, capital do país. O ex-presidente foi envolvido no caso depois que um ex-segurança afirmou ter gravado conversas em que ele planejaria o assassinato. Há duas semanas, policiais foram detidos, suspeitos de terem participado do crime. As investigações sobre a morte de Gongadze – que não chegaram a nenhuma solução durante o mandato de Kuchma – foram retomadas pelo atual presidente, Viktor Yushchenko, que diz que a solução da morte do jornalista é uma questão de honra para ele e para sua administração. Em seu depoimento, Kuchma continuou a negar que tenha tido participação no assassinato. Já o ex-ministro do Interior, Yuriy Kravchenko, foi encontrado morto, num aparente suicídio, horas antes de prestar depoimento. Informações de Anna Melnichuk [AP, 10/3/05].
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Egito bloqueia jornal de opositor
O governo egípcio bloqueou, na semana passada, a distribuição do jornal al-Ghad (Amanhã), do líder de oposição Ayman Nur, informa a AFP [8/3/05]. Nur está preso desde janeiro sob a acusação de falsificar documentos oficiais. Mas sua detenção teria também motivação política, já que ele se tornou um símbolo do movimento pela reforma democrática. Nesta primeira edição do jornal, Nur anunciaria sua intenção em concorrer à presidência do Egito, este ano. No mês passado, diante da crescente pressão pela democratização do país, o presidente Hosni Mubarak, no poder há 23 anos, propôs uma emenda constitucional permitindo que diversos candidatos participem das eleições. Mesmo com esta demonstração de abertura, o governo continua a reprimir representantes da oposição.