O Instituto Prensa y Sociedad [11/1/05] declarou sua preocupação com o estado de liberdade de imprensa no Peru no último ano. Apesar do país ter um representante eleito e uma lei de acesso à informação, o Ipys contabilizou 73 alertas em 2004, mais do que o dobro de 2003. Lima teve 28% dos alertas.
O número de alertas corresponde aos casos de agressões a jornalistas – muitas vezes, mais de um profissional está envolvido em um caso. Pelo menos 89 jornalistas foram vítimas de diferentes tipos de ataques. Em alguns casos, não foi possível determinar o número de jornalistas envolvidos num incidente, já que as ameaças e ataques eram direcionados a grupos de repórteres ou a redações inteiras.
Radialistas enfrentaram o maior número de ataques (29). Dois foram assassinados – Antonio de la Torre Echeandía (Radio Órbita, Ancash) e Alberto Rivera Fernández (Radio Frecuencia Oriental, Ucayali). A televisão e os jornais impressos foram alvo de 18 e 17 ataques, respectivamente.
Seis casos envolveram o sistema judiciário; oito foram ataques a multidões de pessoas; três casos estavam ligados à polícia; três, a integrantes do Congresso; e mais três, ao Congresso como um todo; cinco agressões envolviam comunidades rurais.
O relatório anual do instituto classificou os ataques à liberdade de expressão em categorias: ataques físicos (22), seguidos de ameaças de morte (11), ações legais contra jornalistas (11) e ações legais contra empresas de mídia (2).
O Ipys afirma que o governo é responsável por um grande número de ataques à liberdade de expressão. Os alertas de ataques de funcionários do governo contra a mídia e os processos legais contra jornalistas e empresas foram 15 no total. Este número não leva em conta os 16 casos de ameaça de morte nos quais não foi possível identificar os atacantes.