Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Livros anti-Obama fazem sucesso nas livrarias

Ser crítico ao candidato democrata Barack Obama não é apenas estratégia de campanha do rival republicano John McCain, mas também é uma boa fórmula de vender livros, ironiza Hillel Italie [AP, 5/8/08]. Três livros recém-lançados anti-Obama estiveram na lista dos 20 mais vendidos da livraria Amazon esta semana, mesmo sem terem recebido atenção da mídia.


Isto pode ser explicado pela demanda de algumas pessoas que sentem que a grande mídia está favorecendo o candidato democrata em sua cobertura, analisa Marji Ross, presidente da editora conservadora Regnery Publishing, que lançou o livro The Case Against Barack Obama: The Unlikely Rise and Unexamined Agenda of the Media´s Favorite Candidate (O Caso Contra Barack Obama: a improvável ascendência e agenda não examinada do candidato favorito da mídia, tradução livre), de David Fredosso, repórter da National Review Online.


Críticas negativas


Além deste, outros livros já apontam no título a crítica negativa a Obama: The Obama Nation: Leftist Politics and the Cult of Personality (A Nação Obama: política de esquerda e o culto da personalidade); e o – imenso – Fleeced: How Barack Obama, Media Mockery of Terrorist Threats, Liberals Who Want to Kill Talk Radio, the Do-Nothing Congress, Companies That Help Iran and Washington Lobbyists for Foreign Governments Are Scamming Us … and What to Do About It (Roubado: Como Barack Obama, zombaria pela mídia dos ataques terroristas, liberais que querem matar programas de rádio, o Congresso que não faz nada, Empresas que ajudam o Irã e Lobistas de Washington para governos estrangeiros estão nos explorando… E o que fazer sobre isso, tradução livre).


Até pouco tempo, as publicações mais lidas sobre a vida de Obama foram escritas pelo próprio, Dreams From My Father (Sonhos de Meu Pai) e The Audacity of Hope (A Audácia da Esperança). Os autores dos livros anti-Obama alegam que ele não é um porta-voz benigno para a esperança e unidade, mas sim um ideólogo com fortes ligações com radicais dos anos 60 e com a máquina política de Chicago. Eles já escreveram livros atacando outros candidatos democratas, como John Kerry, na eleição de 2004.


‘Obama é um assunto novo, tem sempre algo para se falar dele’, disse Peter Osnos, fundador PublicAffairs, editora que lançou o livro What Happened Inside the Bush White House and Washington´s Culture of Deception (O que aconteceu: por dentro da Casa Branca de Bush e da cultura da enganação de Washington, tradução livre), do ex-secretário de imprensa da Casa Branca Scott McLellan (http://www.teste.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=488MON001. ‘McCain não tem o mesmo tipo de ressonância. É possível ainda influenciar o que as pessoas pensam sobre Obama, mas já é muito tarde para fazer isto sobre McCain’.