O New York Times finalmente consertou uma popular brecha que permitia que internautas burlassem seu muro de proteção, o chamado paywall. Há mais de um ano, o site do jornal permite o acesso gratuito a 10 artigos e, a partir daí, o internauta recebe a oferta para aderir a um plano de assinatura. Mas há várias formas de enganar o sistema. Até agora, a maneira mais comum de continuar acessando o site gratuitamente após os 10 artigos de cortesia era simplesmente deletar o final do link das matérias.
Analistas de mídia afirmam que o NYTimes.com havia deliberadamente deixado brechas no bloqueio para não afastar visitantes casuais. “Quando lançamos nosso plano de assinatura digital sabíamos que haveria brechas para acessar nosso conteúdo além do número de artigos permitido por mês. Fizemos alguns ajustes e continuaremos a implementar soluções técnicas de segurança para coibir abusos e proteger o valor do nosso conteúdo”, afirmou a porta-voz do jornalão, Eileen Murphy. O mecanismo, no entanto, não será aplicado quando o leitor chegar a uma matéria por meio das redes sociais – fontes cada vez mais importantes para veículos de mídia.
A decisão de fortalecer o paywall ocorre em um período crucial no qual investidores se questionam se o jornal tem condições de aumentar de maneira significativa sua base de assinantes digitais – hoje com 640 mil pessoas. Esse número está crescendo, mas o NYTimes ainda se mantém calado sobre quantas destas assinaturas têm desconto. Nesta sexta-feira (22/2), por exemplo, todas as opções de assinatura (com acesso ao site e aos aplicativos para tablet e smartphone) , que custariam até 35 dólares, saem por 99 centavos de dólar por quatro semanas.