Os jornais representam agora apenas 20% dos lucros totais da agência de notícias Associated Press. Desde 2008, os lucros oriundos dos jornais caíram cerca de 1/3, de US$ 220 milhões para US$ 140 milhões. A informação foi passada pelo CEO e presidente da AP, Tom Curley, ao colunista do Poynter Online Rick Edmonds.
Para o futuro, segundo Curley, as expectativas não são boas: em 2011, estima-se que haja uma queda de US$ 5 milhões a US$ 7 milhões. Atualmente, a AP perde dinheiro com os serviços oferecidos aos jornais e tenta compensar as perdas com outras ofertas mais rentáveis. O presidente revelou, no entanto, não querer continuar com este desequilíbrio de forma indefinida. Segundo ele, dentre as áreas de crescimento estariam as fotos comerciais e os feeds de notícias internacionais de TV, que devem receber US$ 30 milhões para se atualizar digitalmente. Além de cobrir notícias no exterior, a AP tem uma base grande de clientes internacionais.
A agência, que tem 160 anos de existência, permanece sendo de propriedade de seus 1.500 jornais membros. Seu conselho é liderado por executivos de jornais, com alguns representantes de emissoras. Isto pode parecer incoerente, mas líderes da AP não estão interessados em fazer alterações no controle da agência.
Mudanças de planos
Em 2008, a AP enfrentou uma briga com editores de jornais por conta da reformulação dos preços, e vários deles pediram o cancelamento dos serviços. O resultado da crise não foi pior por conta da posterior redução nas taxas em 2009 e 2010, pela oferta de um plano que permitia escolher os serviços a serem usados e também por Curley ter visitado diversas associações de jornais para discutir os problemas. Com informações da Editor&Publisher [27/10/10].