Sunday, 22 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Lula defende fundador do WikiLeaks


Leia abaixo a seleção de sexta-feira para a seção Entre Aspas.


 


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Folha de S. Paulo


Sexta-feira, 10 de dezembro de 2010


 


WIKILEAKS


Simone Iglesias


Lula sai em defesa de Assange e pede ação contra prisão


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem Julian Assange, proprietário do site WikiLeaks, pedindo manifestação contra sua prisão. Segundo Lula, o erro não é de Assange, que divulgou telegramas contendo mensagens diplomáticas, mas dos embaixadores que produziram os documentos.


A declaração ocorreu num raro momento de afago à mídia quando o presidente encerrava discurso em cerimônia do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).


‘Devemos muito à imprensa. À imprensa, eu queria até dizer, às vezes eu critico, e vocês: ‘Ah, o Lula está criticando a imprensa.’ Não, eu estou apenas alertando.


Como eu gosto que vocês me alertem, eu gosto de alertar vocês’, disse. Logo, passou à defesa de Assange, inicialmente em tom de cobrança à imprensa, mas logo o discurso ganhou outra dimensão.


Lula afirmou que não sabe se os embaixadores brasileiros transmitem os telegramas, mas disse que a presidente eleita, Dilma Rousseff, terá que ser comunicada pelo seu ministro de Relações Exteriores do teor dos comunicados. ‘Ela vai ter que dizer para o seu ministro que, se não tiver o que escrever, que não escreva bobagens. Passe em branco a mensagem.’


O presidente criticou a busca mundial feita por Assange. ‘Ele desnuda a diplomacia, que parecia inatingível e a mais certa do mundo, e começa uma busca. Não sei se colocaram cartaz como no tempo do faroeste, procura-se vivo ou morto, e prenderam o rapaz. Não vi um voto de protesto’, disse.


Lula pediu aos assessores que começassem a protestar contra a prisão de Assange no Blog do Planalto, onde logo um vídeo e texto foram publicados. ‘Vamos fazer o primeiro protesto então contra a liberdade de expressão na internet porque o rapaz estava colocando lá apenas o que ele leu. E se ele leu é porque alguém escreveu. O culpado não é quem divulgou, mas quem escreveu a bobagem’, afirmou Lula.


RESPOSTA


O Departamento de Estado dos EUA respondeu às críticas de Lula dizendo que a prisão de Assange ‘não tem nada a ver com o WikiLeaks’.


A reação foi encaminhada à agência de notícias France Presse por Charles Luoma-Overstreet, porta-voz do departamento. Assange responde, na Suécia, à acusação de abuso sexual, motivo pelo qual foi detido na Inglaterra.


 


 


Clóvis Rossi


Liberdade de imprensa, sim; mas roubo de dados, não


O caso WikiLeaks é talvez o mais acabado exemplo de respostas definitivas, porém contrapostas, para discutir o complexo tema da liberdade de expressão.


Primeira pergunta e primeira resposta: a mídia, incluindo aí a eletrônica ou seja o próprio site WikiLeaks, tem o direito de publicar documentos oficiais roubados? Sim, desde, é claro, que os documentos tenham interesse público. É inequivocamente o caso dos papéis do Departamento de Estado.


Afinal, o público tem todo o direito de saber o que seus governantes dizem e fazem, até porque agem em nome do país, que são todos e cada um de seus habitantes.


Essa resposta, de resto, já tramitou em julgado: a Corte Suprema deu aval ao mais famoso vazamento anterior, o dos chamados ‘Papéis do Pentágono’, sobre a Guerra do Vietnã, que o ‘New York Times’ publicou em 1971.


Segunda pergunta: os governos têm o direito de tentar perseguir quem roubou os papéis? Óbvio que sim. Roubo é roubo, ainda que o motivo eventualmente invocado para o roubo seja tão nobre quanto defender a transparência nas ações do governo, qualquer que seja o governo.


Pretender a impunidade para esse tipo de ação equivale a aceitar a impunidade também para quem rouba e vaza, por exemplo, os dados fiscais de qualquer contribuinte, seja qual for a razão invocada para o vazamento.


A partir daí, chega-se a um ponto bem mais difuso: perseguir o ladrão de dados justifica ‘matar o mensageiro’, como Julian Assange, o fundador de WikiLeaks, diz estar ocorrendo? Claro que não.


Mas não é bem isso que os governos, especialmente o norte-americano, estão fazendo. Matar o mensageiro significaria proibir a difusão da mensagem, o que ninguém nem sequer se atreveu a sugerir ou tentar.


Seria censura e estaríamos de volta à primeira pergunta e à resposta a ela.


O que os governos estão fazendo é utilizar um pretexto capenga, o do suposto abuso sexual cometido por Assange, para perseguir o mensageiro de forma a evitar que futuras mensagens cheguem a ele e dele ao público.


Se fizessem a perseguição abertamente, sempre pelos meios legais, ficaria muito mais difícil falar em ameaça à liberdade de imprensa.


Afinal, ninguém com sentido comum nega que todos -governos ou cidadãos- têm o direito de recorrer à Justiça para coibir o que consideram abusos cometidos pelos meios de comunicação, pouco importa se os convencionais ou os novos meios eletrônicos, que, neste caso, se deram as mãos.


 


 


Andrea Murta


ONU sai em defesa de dono do WikiLeaks


A ONU elevou ontem o tom da polêmica sobre o cerco ao WikiLeaks, com a alta comissária para direitos humanos classificando a pressão contra empresas ligadas ao site como tentativa de censura.


Para a comissária, Navi Pillay, o conjunto de ações para cortar laços do WikiLeaks com prestadoras de serviços -entre outros, Amazon, Visa, MasterCard e PayPal- pode ser interpretado como tentativa de impedir o site de publicar, o que viola o direito à liberdade de expressão.


Pillay não nomeou supostos responsáveis pela pressão, mas acredita-se que ela venha do governo dos EUA.


O WikiLeaks divulga gradualmente desde o dia 28 mais de 250 mil despachos sigilosos de diplomatas americanos. A ação enfureceu os EUA, que investigam criminalmente o site e estudam processar o seu criador com base em leis de espionagem.


Julian Assange está atualmente preso em Londres e pode ser extraditado para a Suécia devido a processo por crimes sexuais. Ontem, Assange foi transferido a uma seção especial da prisão, de acesso ainda mais restrito.


Segundo fontes diplomáticas, Washington já conversa informalmente com autoridades suecas sobre a possibilidade de transferir Assange para custódia americana.


A ideia é julgá-lo nos EUA por crimes ligados a espionagem, mas há muita incerteza sobre como o processo seria feito -nenhuma lei americana atual se aplica ao caso.


Enquanto isso não ocorre, críticos resolveram tentar calar o site de outras maneiras.


A Amazon parou de hospedar o site, e Visa e MasterCard impediram transferências a ele com seus cartões.


Pillay se disse muito preocupada. ‘Se o WikiLeaks cometeu algum ato reconhecidamente ilegal, então isso deve ser abordado pelo sistema legal, não por pressão e intimidação a terceiros.’


Para a comissária da ONU, a crise expôs a necessidade de países protegerem o direito ao compartilhamento livre de informações, como exigido por leis internacionais.


‘CIBERGUERRA’


Na rede mundial, hackers deram sequência às ações contra empresas que aderiram ao cerco ao WikiLeaks, travando disputas que para alguns configura uma ‘ciberguerra’ ou ‘guerra virtual’.


Os ativistas ganharam milhares de novos adeptos e estabeleceram como os novos alvos a Amazon, que na semana passada parou de hospedar o WikiLeaks, o site de pagamentos on-line PayPal e o site do governo da Suécia.


Segundo a BBC, foram registrados apenas ontem 31 mil downloads do programa que utilizado para ‘voluntariar’ um computador a fazer parte da onda de ataques.


A ação conhecida como ‘negação de serviço’ (DDoS, na sigla em inglês) consiste na inundação de um site com milhares de pedidos de acessos simultâneos, tornando-a instável ou tirando-a do ar.


Ontem, no entanto, os ataques não surtiram o efeito da véspera, quando as páginas das empresas Mastercard e Visa, que cancelaram os pagamentos ao WikiLeaks, caíram em meio a sobrecarga.


No final do dia, hackers do grupo Anonymous -que tem coordenado as ações- admitiram ainda não ter condição de derrubar a Amazon e prometeram priorizar o PayPal.


Segundo a agência France Presse, a empresa reativou ontem a conta do WikiLeaks, desbloqueando os seus fundos, mantendo, no entanto, restrições a novas doações.


O site do governo da Suécia, país que emitiu pedido de prisão contra Assange por crimes sexuais, chegou a ficar fora do ar por algumas horas, mas depois voltou.


Já a rede social Facebook justificou a decisão de suspender o perfil da ‘Operação Payback’ -como os ataques são chamados-, alegando que a página estava sendo utilizada para divulgar o programa usado para ações.


Na Holanda, um adolescente de 16 anos foi preso, suspeito de envolvimento com os ataques virtuais. A Promotoria holandesa não identificou o detido.


 


 


Caça ao WikiLeaks


Está em curso uma cruzada de governos e empresas internacionais contra o WikiLeaks. O site, que existe desde 2007, ganhou fama em meados deste ano ao divulgar um vídeo que mostrava militares norte-americanos fuzilando iraquianos de um helicóptero.


No dia 28 de novembro, um domingo, sua página na internet iniciou a publicação de 251.288 despachos relativos a 274 representações diplomáticas dos EUA. Os ‘cables’ revelam a opinião da diplomacia norte-americana sobre líderes mundiais e trazem à tona informações inéditas sobre a política internacional.


Entre outras revelações, soube-se que a secretária de Estado Hillary Clinton determinou a espionagem de membros da cúpula das Nações Unidas e que os Estados Unidos lançaram mísseis contra o que seriam alvos da Al Qaeda no Iêmen, provocando a morte de 200 civis e 40 terroristas.


Os vazamentos causaram fortes reações de governantes e deflagraram uma caçada ao australiano Julian Assange. Procurado pela Interpol, sob acusação de supostos crimes sexuais praticados na Suécia, o fundador do site entregou-se à Justiça britânica na terça.


A perseguição parece relacionada ao intuito de silenciar um novo meio de divulgar informações que ganhou uma inesperada projeção internacional e tornou-se um incômodo para governos de diversos países.


Espécie de caixa postal criada na rede mundial de computadores para receber e divulgar documentos secretos, o site WikiLeaks não é um órgão propriamente jornalístico, embora conte com profissionais da mídia para avaliar o material que recebe e mantenha acordos com veículos impressos – entre os quais o britânico ‘Guardian’, o norte-americano ‘The New York Times’ e esta Folha, que tem divulgado os ‘cables’ relativos ao Brasil.


O caráter ambíguo do WikiLeaks, aliado à sua inexistente tradição -não há histórico consolidado de seus valores e comportamentos-, gera desconfiança sobre a possibilidade de o site vir a colocar em risco a segurança internacional e a vida de pessoas.


Essas incertezas possivelmente contribuem para as hesitações que se observam em setores que deveriam defender com vigor a liberdade de expressão e o direito da mídia, tradicional ou não, de divulgar informações reservadas.


Quanto a isso, há jurisprudência nos EUA, onde a Suprema Corte, em 1971, decidiu a favor do jornal ‘The New York Times’ contra o governo de Richard Nixon, que determinara censura prévia para impedir a publicação dos chamados Papéis do Pentágono. O tribunal estabeleceu que o governo não pode obstar a publicação de notícias que considere lesivas à segurança ou aos objetivos nacionais.


Num mundo em que governos democráticos inventam mentiras para invadir países, vazamentos como os do WikiLeaks prestam um serviço ao esclarecimento e à verdade. Se a diplomacia exige sigilo, que seus responsáveis o mantenham com eficiência.


 


 


LIU XIAOBO


Na véspera do Nobel, China bloqueia acesso à mídia


O governo da China bloqueou o sinal local da emissora norueguesa NRK ontem, na véspera da entrega do Prêmio Nobel da Paz ao dissidente Liu Xiaobo.


A visualização do site da BBC e do endereço eletrônico da própria NRK também foram interrompidos. Houve ainda relatos de que o site da CNN, rede de TV americana, estava inacessível.


O objetivo das autoridades do país asiático é evitar que as pessoas consigam informações sobre a cerimônia do Nobel, que ocorre hoje em Oslo (Noruega).


A porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Jiang Yu, disse que ‘a maior parte do mundo’ é contrária à premiação.


O número dos que confirmaram presença no evento vai na contramão da declaração da chancelaria chinesa.


Das 65 embaixadas em Oslo, capital norueguesa, pelo menos 45 confirmaram que enviarão seus representantes à festa.


Ao lado da China, outros 18 países descartaram comparecer. Entre eles, destacam-se Rússia, Paquistão, Irã, Venezuela e Cuba.


Uma associação que reúne chineses que residem na Noruega planeja manifestação em frente ao Parlamento para condenar a entrega do prêmio ao dissidente.


‘O prêmio criou um conflito entre a China e o restante do mundo’, afirmou Ya Ming Yuen, porta-voz do grupo.


‘A China fez enorme progresso e está muito mais democrática agora na comparação com dez anos atrás’, completou.


As autoridades chinesas ficaram furiosas com o prêmio de US$ 1,4 milhão concedido a Liu, descrevendo a escolha feita pela comissão do Nobel como um ataque ao sistema político e legal do país.


Liu Xiaobo, crítico literário e professor universitário, está cumprindo uma condenação de 11 anos de prisão por ‘apoiar e promover atos subversivos contra o Estado’.


Desde 1989, quando aderiu ao movimento pró-democracia, incomoda os governantes comunistas.


Ele ajudou a escrever a ‘Carta 08’, manifesto de 303 intelectuais e dissidentes em nome da abertura democrática, da liberdade de expressão e de religião.


Esse documento foi utilizado como prova no julgamento em que foi condenado a 11 anos de prisão.


Sua esposa, Liu Xia, está presa em regime domiciliar em Pequim, o que impossibilita que busque o prêmio no lugar do marido.


CADEIRA VAZIA


Como protesto à posição chinesa, o vencedor do Nobel será representado por uma cadeira vazia.


É a primeira vez desde 1936, quando o ex-ditador alemão Adolf Hitler proibiu o pacifista Carl von Ossietzky de aceitar o prêmio, que ninguém estará presente para receber a homenagem.


Em 1991, a líder oposicionista de Mianmar, Aung San Suu Kyi, à época presa, foi representada por parentes.


Como forma de contraponto, Pequim criou o Prêmio Confúcio da Paz. A cerimônia de premiação ocorreu ontem.


O ex-vice-presidente taiwanês Lien Chan foi o primeiro condecorado por ter construído uma ‘ponte de paz entre Taiwan e China’.


Para os que julgaram, Chan levou ‘felicidade’ aos países, que vivem situação tensa. A China vê Taiwan como uma província rebelde.


 


 


LIVRO


Frederico Vasconcelos


Para jornalista, Dantas foi ‘demonizado’ na Satiagraha


A ‘demonização’ do banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, foi resultado de disputas entre grupos econômicos pelo mercado brasileiro das telecomunicações.


A tese é do jornalista Raimundo Rodrigues Pereira, 70, em ‘O Escândalo Daniel Dantas’. O livro é uma crítica ao trabalho do delegado Protógenes Queiroz na famosa Operação Satiagraha.


O método de Queiroz foi ‘grampear conversas e mobilizar um exército de arapongas e analistas precários para tirar delas fragmentos que o mau jornalismo transformaria em escândalo’, diz.


Ele vê uma trama política que desviou o foco das privatizações tucanas e sustou uma investigação sobre Dantas e o mensalão petista.


ORIGEM


A disputa pelo mercado das telecomunicações começou com as privatizações no governo FHC. Mas ‘o ataque a Dantas mudou de qualidade no governo Lula’, diz.


Dantas ‘era um diabo como os outros’ no inferno do sistema financeiro. ‘Atacá-lo, para não mudar nada, nem nas telecomunicações, nem nas finanças, foi uma jogada de mestre’, diz o autor.


Em 1998, os grampos do BNDES revelavam a preferência dos tucanos pelo consórcio do Opportunity no leilão da Telemar. Mas quem ganhou foi o consórcio Jereissati-Andrade Gutierrez.


Dantas detinha o controle da Brasil Telecom (BrT). No governo Lula, os fundos de pensão pressionaram para afastar Dantas do comando da BrT e do fundo do Citi. O objetivo era vender a BrT à Telecom Italia, que disputava a telefonia celular.


Quem comprou a BrT, em 2008, foi a Oi, empresa de telefonia controlada por Sérgio Andrade e Carlos Jereissati. Esse grupo foi o grande beneficiado pela satanização de Dantas, segundo Pereira.


‘GUERRA DE PAPEL’


Em 2000, a ‘Veja’ mostra Dantas como um ‘financista demoníaco’. ‘O Globo’ denuncia irregularidades no fundo do Opportunity nas Ilhas Cayman. ‘Carta Capital’ traz o primeiro dos quase cem textos contra Dantas.


Por trás dessas reportagens, diz Pereira, estavam os fundos de pensão, a canadense TIW, a Telecom Italia e Luiz Roberto Demarco, sócio demitido do Opportunity em 1999 e que se tornou ‘implacável acusador de Dantas’.


A Telecom Italia, ‘com cobertura do governo brasileiro’, rebaixou do campo político para o policial o nível da luta pelo controle da BrT. A TI fez espionagem e pagava cerca de 1 milhão de euros por mês ao financista Naji Nahas para intervir em seu favor na disputa com Dantas.


Agentes da TI invadiram o sistema da Kroll -que investigava ações do grupo italiano contra Dantas. Em 2004, a TI entregou à PF CD que deu origem à Operação Chacal, investigação contra Dantas.


MENSALÃO


Em 2007, Protógenes assume a Chacal, rebatizada de Satiagraha, para investigar se Dantas foi o grande financiador do mensalão petista.


Mas decidiu centrar a investigação na venda da BrT. Para Protógenes, havia a quadrilha de Dantas e outra de Naji Nahas. Por cima das duas, o Palácio do Planalto.


‘Esse conjunto de hipóteses ridículas só se transforma em fato perante a opinião pública porque os procuradores e o juiz [Fausto De Sanctis] que as leem, ou deveriam ter lido, não se dão conta do absurdo’, afirma Pereira.


Em 2008, o INC (Instituto Nacional de Criminalística) conclui que é difícil identificar os clientes do Opportunity que teriam feito operações suspeitas em Cayman. O delegado Protógenes ‘decide pedir ao juiz De Sanctis a operação controlada com a qual iria obter, do mesmo juiz, a condenação de Dantas por suborno’.


Queiroz recebeu transcrição do grampo de uma curta conversa entre um sócio de Dantas, Humberto Braz, e o próprio Dantas, na qual o nome do delegado era citado.


‘Era a saída para prender Dantas por corrupção’, diz Pereira. Ele ouviu o grampo no Opportunity e diz que não há prova de que ali havia uma ordem para tentar corromper o delegado.


‘GOLPE DE MESTRE’


A prisão de Dantas ‘foi golpe de mestre para duas tramas diabólicas’: a Satiagraha havia sido inútil para investigar o mensalão e inócua para apurar as operações do Opportunity em Cayman.


Protógenes deu à TV Globo a exclusividade da cobertura da prisão e usou jornalistas da emissora no papel de policiais, afirma o jornalista.


Ele concluiu o livro em agosto, com duas previsões: Protógenes seria condenado e se elegeria deputado federal. O delegado se elegeu.


O ESCÂNDALO DANIEL DANTAS


AUTOR Raimundo Rodrigues Pereira


EDITORA Manifesto


QUANTO R$ 56,00 (326 págs.)


 


 


TODA MÍDIA


Nelson de Sá


‘Boa notícia’


Ontem na manchete on-line do espanhol ‘El País’, um dos jornais parceiros do WikiLeaks, ‘Lula defende Assange e diz que se ameaça a liberdade de expressão’. Logo abaixo, ‘o presidente brasileiro se mostra espantado diante da falta de apoio ao fundador do WikiLeaks’.


‘Guardian’ e ‘New York Times’ postaram o vídeo com as declarações. ‘Eu não falo português’, escreveu o jornalista do primeiro, ‘mas acho que peguei o que o presidente Lula está dizendo: Bravo, WikiLeaks’. O segundo recorreu a ‘um colega que fala português’ e relatou. Comentou, citando o reconhecimento da Palestina, que Lula ‘parece ter jogado a cautela pela janela’ no fim de mandato.


Antes dos jornais, o próprio WikiLeaks, no Twitter, havia linkado o mesmo vídeo, postado no Blog do Planalto por Ricardo Stuckert, fotógrafo oficial da Presidência da República. E Natalia Viana, que escreve o blog da organização no Brasil, informou que ‘o pessoal do WikiLeaks está comemorando o apoio dado pelo presidente Lula a Julian Assange’, no que descreveram como ‘boa notícia’.


SAKINEH


‘Guardian’ e demais deram com cautela o anúncio, por militantes, de que a iraniana Sakineh Ashtiani havia deixado a prisão. O jornal inglês anotou que, como o canal estatal PressTV estava mostrando imagens de Ashtiani com seu filho, em casa, ‘cresceu a esperança de que ela tenha sido libertada’. E lembrou a campanha mundial que envolveu ‘amigos e inimigos do Irã’, ressaltando Lula, que ‘ofereceu asilo’.


TRANSIÇÃO


A estatal Voice of America, com a foto acima, noticiou a viagem do subsecretário de Estado, William Burns, ‘para se reunir com integrantes das equipes de transição’ de Lula e Dilma Rousseff


FANTOCHE, NÃO


Da Reuters, abrindo análise assinada pelo correspondente Raymond Colitt, ‘Quem esperava que Dilma Rousseff fosse comandar um governo fantoche para o presidente Lula, quando ela se tornasse a primeira presidente do Brasil, pode começar a repensar’.


Ela ‘administrou habilmente uma grande coalizão no processo de transição, deixou sua própria marca nas políticas econômica e externa e -talvez mais importante- começa a sair da longa sombra do imensamente popular Lula’.


Em suma, deu ‘demonstração clara de liderança presidencial’ e de ‘aliança sólida em sua coalizão de dez partidos’, sinalizando ‘estabilidade política’. Diz que o desafio agora é ‘cultivar apoio genuíno entre o povo brasileiro’.


MULHER NO BC


O portal iG postou que ‘a economista Zeina Latiff, de 43 anos, deverá integrar a diretoria do Banco Central’ e ‘já teve conversas em Brasília’. Como ‘Dilma quer’, ela ‘será a primeira mulher a ocupar uma diretoria na autoridade monetária’


MAIS GUERRA CAMBIAL


Do correspondente Jonathan Wheatley, ontem no ‘Financial Times’, ecoando entrevista do ministro Guido Mantega, ‘Brasil está pronto para mais guerra cambial’. O ‘Wall Street Journal’ também postou, dizendo que o país ‘mantém olhar atento sobre o fortalecimento do real e vai agir rapidamente’.


Depois, com o mesmo ‘WSJ’ e Reuters, no alto das buscas de Brasil no Google News, ‘Real fecha mais fraco depois que governo fala em intervenção’.


Ao fundo, o ‘FT’ entrevistou um economista do banco UBS, Jonathan Anderson, que alertou para os efeitos da ‘flexibilização quantitativa’ nos EUA, que ‘vai gerar inflação nos emergentes’. Não nas ‘economias fechadas’ de China ou Índia. ‘Aconselhamos ficar de olho em Brasil, Indonésia e Turquia.’


MAIS OU MENOS


Na manchete do ‘Jornal Nacional’, ‘Um crescimento mais lento’ no terceiro trimestre. E no enunciado da agência Dow Jones, ‘Brasil reduz velocidade e confunde a perspectiva para as taxas de juros’, que podem não subir.


Já no enunciado da Bloomberg, ‘Economia do Brasil tem redução de velocidade menor do que a previsão’. Também no ‘Financial Times’, ‘Brasil no caminho para um crescimento de 7,5%’ no ano. Anota, sem maior destaque, que ‘reduziu levemente a velocidade’ no trimestre.


 


 


REGULAÇÃO


Rodrigo Rötzsch


Agência não é censura, afirma Franklin


O ministro Franklin Martins (Secretaria de Comunicação Social) defendeu ontem, no Rio, a criação de uma Agência Nacional de Comunicação para regulamentar o conteúdo de rádio e TV.


‘Não é censura, as pessoas sabem disso, a regulação precisa ser feita. Tem gente que está com dificuldade de entrar no debate porque acha que não se pode debater a imprensa’, disse o ministro após participar de evento em homenagem a Stuart Angel, morto pela ditadura militar.


A Folha revelou na terça-feira que a minuta da Lei Geral da Comunicação Social, elaborada por um grupo coordenado por Franklin, inclui a criação da agência, que teria poderes para multar empresas que veicularem programação considerada ofensiva, preconceituosa ou inadequada ao horário.


O ministro afirmou que dedicará os últimos dias no cargo -a jornalista Helena Chagas já foi escolhida para substituí-lo no governo Dilma Rousseff- para finalizar a proposta sobre a agência.


‘Ainda vou precisar de mais umas duas, três semanas para mandar para ela [Dilma] o projeto, e aí ela vai ver o que ela faz. Com aquele caminhão de votos que ela teve, ela decide’, afirmou.


O ministro pregou a necessidade de um ‘debate público, aberto e transparente’ sobre a nova lei. Ele prometeu se engajar na aprovação da regulamentação após um período de descanso.


‘O que estiver ao meu alcance como cidadão eu vou fazer. Mas eu tenho que desencarnar, como diz o presidente Lula. Por quatro meses vou ficar desencarnando.’


HOMENAGEM


Ao discursar no evento em que foi inaugurada uma placa em homenagem a Stuart Angel na garagem de remo do Flamengo (Angel foi atleta do clube), Franklin se emocionou e parou de falar por duas vezes por não conseguir conter o choro.


Os dois foram companheiros no MR-8, movimento que combateu a ditadura militar. Angel foi preso, torturado e morto em 1971, aos 25 anos.


Franklin afirmou que Stuart fez parte de uma ‘juventude maravilhosa’, que cometeu erros como qualquer outra. ‘Mas em duas coisas essa juventude não errou. Não apoiou a ditadura e não ficou esperando o Carnaval chegar para dizer que lutou contra a ditadura.’


O ministro afirmou que a homenagem era uma demonstração de que sua geração saiu vencedora na luta contra a ditadura. ‘Nós podemos celebrar o que nós fizemos, com todos os nossos erros, os que mataram o Stuart não têm como celebrar à luz do dia’, disse Franklin.


 


 


TELEVISÃO


Keila Jimenez


Globo será on-demand em Portugal


A Globo está fechando uma parceria internacional inédita. A emissora vai lançar em 2011 um serviço de vídeo on-demand (espécie de locadora virtual) de sua programação em Portugal.


Já em conversas avançadas com duas empresas locais, uma delas, a Zoom, a Globo prepara o lançamento de um pacote com novelas, linha de shows, humorísticos e séries que serão assistidos por portugueses e brasileiros que vivem em Portugal, na TV, sob encomenda.


Para não atrapalhar a parceira lusitana, a SIC, atrações da Globo exibidas pelo canal português não serão disponibilizadas on-demand.


HUMOR


André Mattos como o líder comunitário Balada Baladão, protagonista da sitcom de fim de ano homônima na Record, que vai ao ar no dia 23, às 23h


Férias ‘Profissão Repórter’, ‘Programa do Jô’ e ‘Globo Repórter’ saem de férias neste mês com data para voltar na Globo: o ‘Profissão’ retorna em abril, Jô Soares, dia 14 de março e ‘Globo Repórter’, em fevereiro.


Revista Funcionários da TV Brasil estão revoltados com norma que impede a entrada na emissora com bolsas e mochilas. Tudo deve ser deixado em armários improvisados fora das dependências do canal. Eles têm de entrar com os pertences nas mãos. Procurada, a TV Brasil não se manifestou sobre o assunto.


‘Essa é uma bomba do bem’


CELSO ZUCATELLI


ao presentear no ‘Hoje em Dia’ (Record) de ontem uma moradora do Complexo do Alemão com uma bomba-d’água


Boleiros A final entre Goiás x Independiente, anteontem, rendeu boa audiência à Band: 12 pontos. A Globo ficou com 16 pontos e a Record com 10 pontos. Por uma hora e 16 minutos a Band chegou a ser líder no horário. Nos minutos finais da partida, registrou pico de 15 pontos, ante 6 da Record e 4 da Globo. (Cada ponto equivale a 60 mil domicílios na Grande SP).


Ora, pois ‘Ti ti ti’ estreia no canal português SIC na próxima segunda-feira.


Saara Calor de 40ºC no Rio e o ‘Vídeo Show’ insiste em entrevistar o cast da Globo na entrada do Projac.


Visual Poucos notaram, mas, a pedido de um amigo, Ratinho abandonou a gravata estilo Geraldo (apresentador de telebarraco nos EUA).


Zumbi O último episódio da série ‘The Walking Dead’ (Fox), bateu recorde nos EUA. Foi visto por 6 milhões de pessoas no canal AMC.


Raiz Apesar de boatos de que voltaria para São Paulo, o ‘Mais Você’ (Globo) seguirá sendo gravado no Rio em 2011.


Galã Vladimir Brichta integrará o elenco de ‘Tapas e Beijos’ (Globo), série de Cláudio Paiva, com Fernanda Torres e Andréa Beltrão, que será gravada em fevereiro.


com SAMIA MAZZUCCO


 


 


 


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O Estado de S. Paulo


Sexta-feira, 10 de dezembro de 2010


 


WIKILEAKS


Lula defende WikiLeaks: ‘quem divulga não é culpado’


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu e prestou sua solidariedade nesta quinta-feira ao fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, preso nesta semana em Londres por acusações de crimes sexuais.


O australiano, cujo site causou alvoroço na diplomacia norte-americana ao divulgar milhares de documentos sigilosos sobre as relações diplomáticas do governo dos EUA, teve sua atitude valorizada pelo presidente em um discurso de defesa à liberdade de expressão.


‘Aparece o tal do WikiLeaks e desnuda a diplomacia que parecia inatingível, parecia a mais certa do mundo, e aí começa uma busca. Não sei se colocaram cartaz como nos tempos do faroeste, procura-se vivo ou morto, e prenderam o rapaz’, disse Lula.


‘Se ele leu, é porque alguém escreveu. O culpado não é quem divulgou, o culpado é quem escreveu. Portanto, em vez de culpar quem divulgou, culpem quem escreveu a bobagem, porque senão não teria o escândalo que tem’, acrescentou.


‘Então, Wikileaks, minha solidariedade pela divulgação das coisas’, disse.


Líderes e autoridades diplomáticas mundiais têm divergido sobre as atitudes de Assange, com alguns países condenando a divulgação dos documentos do Wikileaks e outras autoridades compartilhando a opinião de Lula.


Em tom irônico, Lula disse que a presidente eleita Dilma Rousseff tem que alertar seus ministros sobre os perigos do vazamento de informações.


‘Eu não sei se meus embaixadores passam esses telegramas, mas a Dilma tem que saber e falar para os seus ministros. Se não tiver o que escrever, não escreva bobagem, passa em branco a mensagem’, disse o presidente.


Assange, que vive periodicamente na Suécia, foi acusado este ano de conduta sexual imprópria por duas voluntárias suecas do WikiLeaks. O australiano, que nega as acusações, foi preso em Londres em consequência de um mandado internacional por essa acusação.


Apesar da prisão, o WikiLeaks prometeu que continuará divulgando detalhes dos despachos confidenciais norte-americanos. Até agora, apenas uma pequena parte foi publicada.


(Reportagem de Leonardo Goy)


 


 


‘Esta é a 1ª guerra na web’, diz hacker pró-WikiLeaks


Apesar de ser um dos principais membros do grupo Anonymous, Gregg Housh não esconde seu nome nem onde mora. ‘Já estamos vivendo a primeira guerra cibernética e ela é para garantir a liberdade da internet’, afirmou Housh. Com mais de 3 mil pessoas e novas adesões a cada minuto, o grupo de hackers vem aterrorizando governos e empresas que tentam censurar o WikiLeaks, site que se dedica a divulgar documentos confidenciais de governos.


‘Nossa meta é apenas uma: garantir a liberdade de expressão. Se isso for obtido, não temos por que atacar ninguém.’ Em entrevista ao Estado por telefone, o ativista confirmou que o movimento tem ‘dezenas de pessoas’ atuando desde o Brasil e os hackers nacionais são os ‘mais experientes do mundo’.


Nos últimos dias, a meta foi a de derrubar os sites de empresas de cartão de crédito e de pagamentos que cortaram vínculos com o WikiLeaks. O governo da Suécia também teve seu site atacado, assim como outros ‘inimigos’ de Julian Assange, fundador do WikiLeaks.


‘Governos e empresas vão a partir de agora pensar duas vezes antes de lançar um ataque contra um site que defenda liberdade de expressão’, alertou o americano de 34 anos, que vive em Boston e já foi processado dez vezes por atacar outras instituições. ‘Nunca fui condenado a nada, apesar das tentativas’, explicou.


Ontem, após atacar Mastercard e Visa, as páginas do PayPal foram o foco. No passado, o governo do Irã, a Igreja da Cientologia e outras instituições já foram atacadas pelo grupo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


 


 


ONU afirma que intimidação ao WikiLeaks é ‘censura’


A Organização das Nações Unidas (ONU) classificou de ‘censura’ a pressão feita por governos e empresas contra o WikiLeaks, indicando que apenas tribunais poderão julgar se os documentos que o grupo divulgou ferem ou não alguma lei de segurança nacional. Qualquer outra medida contra o grupo ou seu fundador, Julian Assange, segundo as Nações Unidas, poderia ser considerada como ‘intimidação e pressão’.


A advertência da ONU foi feita em meio a uma guerra na internet, mas também diante de declarações de alguns políticos de que Assange teria de ser ‘parado’. Grupos que apoiam o WikiLeaks ainda alertam que o fundador da organização teme ser alvo de um ataque.


Ontem, a ONU deixou claro que tudo isso seria ‘ilegal’. ‘Se houve um erro ou um crime, ele deve ser avaliado perante a lei. Não com pressão e intimidação’, alertou Navi Pillay, alta comissária de Direitos Humanos da ONU. ‘Estou preocupada com a pressão sobre bancos, empresas e cartões de crédito que permitem as doações (ao WikiLeaks). Não está claro se isso viola as obrigações para permitir a liberdade de expressão e pode ser considerada como censura contra o direito do grupo de liberdade de expressão, afirmou Navi.


Segundo ela, ‘muito do que se publica poderia levantar uma questão fundamental para os direitos humanos: o equilíbrio entre a liberdade de informação e os interesses de segurança de um país’. ‘Esse é um equilíbrio difícil de se encontrar, mas apenas tribunais e a lei podem dizer qual é esse equilíbrio.’ As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


 


 


TELEVISÃO


Cristina Padiglione


Expert em transmídia cria seu Harry Potter


Apresentado como o sujeito que fez valer todo o sucesso de transmídia de títulos como Avatar e Piratas do Caribe, multiplicando a marca em HQ e videogame e que tais, Jeff Gomez impressionou uma plateia de produtores independentes em São Paulo, esta semana. Durante evento promovido pela Associação Brasileira de Produtores Independentes, o presidente e CEO da Starlight Runner Entertainment provou por A+B que qualquer história a ser contada hoje tem de sair do papel com orçamento para várias plataformas de mídia.


Ao Estado, Jeff revelou que lançará em fevereiro, na Screening Kids de Nova York, seu primeiro personagem e marca: Daniel Esperanza é o herói de GoRizer, marca que nascerá como livro, para depois ganhar as telas de cinema, computador e TV. ‘Danny é um adolescente que se apaixona por uma garota, mas então descobre que não é real!’ Nem humano nem robô (repare na ilustração quase Speed Race, acima), Danny foi criado para destruir o mundo, mas resistirá ao mal. Alguma semelhança com Hary Potter? Jeff admite que também é um épico, mas, confiante, diz que sua história pode ir além do 7.º livro.


R$ 2,7 bilhões é o saldo que a Record anuncia ter acumulado em faturamento para o fechamento deste ano. Em 2002, essa cifra era de R$ 155 milhões


‘Eu fiz muitos personagens divertidos e não sou essa pessoa. Sinto que eu frustro as pessoas por aí.’ Selton Mello no Conexão Direta que o GNT leva ao ar dia 17


A MTV já ocupa as areias do Leme, no Rio, para gravar uma bateria de programas destinados à temporada de verão da emissora. Entra no ar dia 10 de janeiro e vai até março.


Novo presidente do Grupo Silvio Santos, Guilherme Stoliar, que até outro dia respondia como executivo do SBT, nem se mexeu para mudar de sala no Complexo Anhanguera, que passa a abrigar também a sede do grupo.


Por falar em Silvio, o homem deixou o Brasil na semana passada, em tese rumo a sua casa em Celebration, na Flórida. Até quarta-feira, no entanto, nem sinal de seu Silvio por lá.


Os tweets sobre os posts de André Newmann, personagem de Michel Melamed na série Afinal, o Que Querem as Mulheres, dominaram seis posições dos assuntos mais clicados no top 10 de novembro do portal Globo.com.


O ranking considera todos os tweets publicados pelo perfil da Rede Globo, o que abrange toda a programação da emissora.


E as mulheres que comentam os textos de André Newmann na web já sofrem pela provável orfandade do personagem: pedem que Melamed não abandone o blog depois que a série acabar.


Aluisio Azevedo, Carlos Heitor Cony e João do Rio são os autores dos próximos contos que a produtora Contém Conteúdo adaptará para a Record, em formato de edições avulsas especiais. É projeto para o primeiro semestre de 2011.


A Contém Conteúdo é a mesma produtora que tem feito especiais para a Record desde 2008 e assina o especial As Mãos do Meu Filho, de Érico Veríssimo, que vai ao ar na próxima semana.


Lobão é nome fora do casting da MTV em 2011. Faltou espaço na agenda do cantor para a emissora.


 


 


 


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