Dois jornalistas foram assassinados nas Filipinas em menos de uma semana, informa o Comitê para a Proteção dos Jornalistas [11/5/05].
Philip Agustin, editor do jornal regional Starline Times Recorder, foi atingido na cabeça por um único tiro, disparado por uma janela aberta na casa de sua filha. Segundo a polícia local, o assassino fugiu em uma motocicleta. O crime aconteceu no vilarejo de Paltic, na noite de terça-feira, 10/5, um dia antes da publicação de uma edição especial do Times Recorder sobre corrupção e corte ilegal de árvores.
Valentino Lapuz, membro do conselho municipal que testemunhou a morte de Agustin, disse em entrevista que a edição especial do jornal ligaria o prefeito, Jaime Ylarde, ao sumiço de dinheiro governamental. Ylarde negou a acusação.
Em um crime parecido, o radialista Klein Cantoneros foi morto a tiros na cidade de Dipilog, em 4/5. O irmão de Cantoneros afirmou que ele havia recebido ameaças de morte depois de fazer comentários críticos sobre o governador Rolando Yebes.
Menos de dois meses atrás, o assassinato da colunista Marlene Esperat chocou o país. Quatro suspeitos estão presos. Pelos menos 18 jornalistas morreram nas Filipinas em conseqüência de seu trabalho, nos últimos cinco anos.