O jornalista Armando Rodriguez, que cobria a seção policial para o jornal El Diario, na violenta cidade mexicana de Juarez, foi morto a tiros na quinta-feira (13/11). Rodriguez estava em seu carro, do lado de fora de casa, quando foi atingido por diversos tiros. Ele cobria a editoria há 10 anos. Segundo a polícia, ainda não há suspeitos ou possíveis motivos.
O México se tornou, na última década, um dos países mais perigosos para a prática jornalística. Isso ocorre, em grande parte, por causa de gangues de narcotraficantes que ameaçam repórteres que escrevem sobre suas atividades ilegais. Muitos jornalistas mexicanos, temendo o perigo, recusam-se a assinar as matérias, e alguns jornais simplesmente desistiram de cobrir assuntos relacionados às gangues de drogas.
Impunidade
Rodriguez é o 24º jornalista morto no país desde 2000. Pelo menos sete destes assassinatos foram comprovadamente represálias a reportagens sobre o crime organizado. Desde 2005, outros sete repórteres estão desaparecidos, segundo dados do Comitê para a Proteção dos Jornalistas.
A morte de Rodriguez serve como mais um triste exemplo de como o México precisa ampliar o apoio e a proteção a profissionais de imprensa, afirma o presidente do Comitê, Carlos Lauria. ‘O México precisa romper com o ciclo de impunidade dos crimes contra jornalistas’, completa. Informações da Associated Press [13/11/08].