Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Manifestantes que queimaram foto de aiatolá são presos


Autoridades iranianas prenderam diversas pessoas acusadas de destruir fotos do fundador e líder supremo da República Islâmica, aiatolá Ali Khamenei, em protestos estudantis. O promotor do Teerã, Abbas Jafari Dowlatabadi, prometeu não mostrar ‘misericórdia’ com os responsáveis. Sob a lei, insultos ao falecido ou atual líder supremo podem dar até dois anos de prisão.


Na semana passada, em protestos em universidades, milhares de universitários partidários do movimento pró-reforma queimaram e pisaram em fotos de Khamenei. Eles – que apoiam o líder de oposição Mirhossein Mousavi – foram contra ao apoio do líder iraniano ao presidente linha-dura Mahmoud Ahmadinejad na polêmica reeleição ocorrida em junho, que opositores acusam de ter sido fraudulenta.


Manifestantes negam, no entanto, acusações do governo que eles teriam rasgado também fotos do líder da revolução de 1979 do Irã, o falecido aiatolá Ruhollah Khomeini, que permanece ainda uma figura respeitada no Irã. Eles alegam que o governo fez um vídeo forjado de alguém destruindo uma foto de Khomeini, para desacreditar o movimento e justificar uma sanção. Informações de Ali Akbar Dareini [AP, 14/12/09] e de Reza Derakhshi [Reuters, 14/12/09].