O futuro do mercado americano de mídia está em jogo na eleição presidencial americana. Dependendo de quem será o vencedor – George W. Bush ou John Kerry – a política da Comissão Federal de Comunicações poderá ser radicalmente mudada. Até que o pleito se defina, o esforço da comissão – atualmente controlada pelos republicanos – de favorecer as grandes corporações, relaxando as leis contra a concentração de propriedade de veículos de comunicação, está emperrado na justiça. Kerry é contra uma maior consolidação do mercado de comunicação. Enquanto isso, as companhias, interessadas em se expandirem, tentam resolver seus problemas caso a caso na justiça. A Tribune Company, por exemplo, está seriamente ameaçada de ter de vender algumas de suas propriedades para se adequar à legislação vigente. Ela acaba de ter recusado por um tribunal federal de apelações um pedido de derrubada da regra que impede uma só empresa de controlar um jornal e uma emissora de TV numa cidade grande. Sediada em Chicago, a companhia controla o diário Newsday e o canal WPIX em Nova York, e o jornal Los Angeles Times e a estação de TV KTLA, em Los Angeles. As informações são de Harry Berkowitz [Newsday, 8/9/04].
Tribune Co. diminui circulação de jornais
O grupo de comunicações Tribune, envolvido no escândalo de inflação de números de circulação dos jornais dos EUA, diminuiu os índices de duas de suas publicações em Nova York, em 10/9. A companhia afirmou que o corte representa uma perda de US$ 60 milhões e que as novas revisões forma baseadas em auditorias feitas internamente e pela organização Audit Bureau of Circulations (ABC). O Tribune, um dos grupos líderes do mercado jornalístico americano, já diminuiu os índices de circulação de três de seus jornais depois que os anunciantes reclamaram de fraude. O escândalo atingiu outros grandes grupos de comunicação, incluindo o Belo e a Hollinger International, que admitiram ter mascarado índices no passado. Informações da Reuters [10/9/04].