Alguns veículos de mídia têm procurado anunciar em sítios de busca, especialmente quando o internauta procura por um assunto quente, como o julgamento de Michael Jackson ou a tentativa de compra da Disney pela Comcast. É o caso da britânica BBC, líder nesse tipo de iniciativa ao comprar anúncios no Google para buscas sobre uma série de assuntos noticiosos. No mês passado, comprou o espaço no sítio para buscas referentes ao inquérito Hutton, que investigou a polêmica reportagem da própria BBC sobre armas de destruição em massa, pondo a organização em confronto com o governo. Segundo a Direct Marketing News [17/2/04], outras organizações noticiosas, como The Financial Times e The Wall Street Journal, estão seguindo o exemplo.
Palavras Sem Fronteiras invade literatura americana
Words Without Borders (www.wordswithoutborders.org), ou ‘Palavras Sem Fronteiras’, é a forma pouco ortodoxa encontrada por três mulheres para trazer a literatura internacional aos EUA desviando das tradicionais rotas editoriais. Trata-se de uma revista eletrônica, com redação virtual, que traz escritores de todo o mundo traduzidos para o inglês. É um estímulo às traduções para o público americano, que representam apenas 3% do total de livros publicados no país, comparados a 40% ou até 50% em países europeus. É, também, uma tentativa de reerguer o mercado editorial, em crise desde o começo dos anos 90. As três primeiras edições enfocaram escritores da Coréia do Norte, Iraque e Irã, possivelmente famosos em seus países, mas quase desconhecidos nos EUA. O tema deste mês enfoca escritores argentinos e o do próximo mês, escritores dos Bálcãs. Informações de Julie Salamon [The New York Times, 18/2/04].
Último round de Naomi vs. Daily Mirror
Na semana passada, a modelo Naomi Campbell foi à Câmara dos Lordes para recorrer, na mais alta instância da justiça britânica, da decisão que a fez perder processo contra o tablóide Daily Mirror. Em 2001, o jornal publicou fotos dela entrando em uma clínica de tratamento para dependentes de drogas. Ela alegou que sua privacidade foi violada e ganhou o processo em primeira instância. Condenado a pagar US$ 6.700 de indenização, o Mirror recorreu, apontando para o fato de que a modelo havia mentido anteriormente que já havia largado as drogas. Ganhou o recurso e Naomi recebeu ordem de pagar as despesas do veículo com o processo (cerca de US$ 670 mil). Agora, diante de cinco Law Lords (juízes superiores), a guerra começou sua última batalha. Em geral, celebridades que ganham processos desse tipo no Reino Unido não conseguem boas indenizações, informa a AP [18/2/04].