Veículos de comunicação privados do Níger deram início, na segunda-feira [20/7], a uma greve programada para durar toda a semana em protesto a um decreto presidencial que permite punições à mídia por motivos vagos. ‘Os três principais diários do país – L’Enqueteur, Le Canard Dechaine e La Griffe – já estão fora das bancas’, afirmou Boubacar Diallo, da Associação de Editoras Independentes. Emissoras de televisão e rádio irão participar da greve por um dia, nesta terça-feira [21/7]. O Níger possui pelo menos 60 jornais, 23 estações de rádio e quatro canais de TV.
O presidente Mamadou Tandja assinou, em 8/7, um decreto que concede à agência nacional que regula os veículos de comunicação poder total de censura sobre qualquer informação que ‘ameace a segurança ou a ordem pública’. O segundo mandato de Tandja termina no fim do ano, e o presidente já dissolveu o Parlamento e modificou as leis eleitorais com o objetivo de permanecer no poder. Ele pretende, agora, realizar um referendo para aprovar uma emenda constitucional que permita que continue no cargo até 2012 e depois possa concorrer à presidência ilimitadamente. Informações da AFP [20/7/09].