Thursday, 21 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Mídia reforça oposição à Síria no Líbano

A mídia desempenha importante papel no movimento de oposição à influência da Síria no Líbano, afirma a revista The Economist [17/3/05]. Os dois canais estatais libaneses estão a serviço do governo pró-sírio, mas seis estações privadas são favoráveis a que o país vizinho pare de interferir politicamente, e não permitem que os telespectadores esqueçam do assassinato do político Rafik Hariri – estopim para a onda de protestos populares em Beirute. Bilionário, Hariri, além de financiar seus veículos de comunicação, gastou US$ 100 milhões para evitar o fechamento de outros meios. O presidente da Síria, Bashar Assad, preocupado com os protestos dos libaneses, considera que se a televisão parasse de enfatizar a morte de Hariri a situação se acalmaria. Na Síria, o governo tem monopólio da televisão e a turbulência no país vizinho não chega ao público.



Rússia inocenta acusados de matar jornalista

A Reuters [14/3/05] noticia que a Suprema Corte da Rússia inocentou os seis acusados de matar o jornalista Dmitry Kholodov com uma bomba colocada dentro de uma pasta, em 1994. A decisão confirma veredicto anterior de um tribunal inferior. Kholodov tinha 27 anos e trabalhava no diário Moskovsky Komsomolets quando foi assassinado. Ele investigava acusações contra militares de alta cúpula que estariam embolsando dinheiro com a venda de sobras do arsenal soviético, que se estava desmantelando naquela época. Seu caso foi um dos de maior repercussão no país após o fim da URSS. O fato de que ninguém será preso pelo atentado demonstra que ainda hoje os juízes russos não têm poder para desafiar o governo. Quatro dos acusados são ex-militares. O pai de Kholodov disse que vai recorrer à Corte Européia de Direitos Humanos, em Estrasburgo.