Um militar do alto escalão do Exército da Libertação Popular defendeu, em publicação divulgada esta semana, a criação de um novo órgão nacional para controlar – ainda mais – a internet. O major general Huang Yongyin afirmou que a China precisa ampliar os esforços na luta contra ataques à rede. ‘Na segurança nacional, a internet já se tornou um novo campo de batalha sem pólvora’, escreveu o militar na edição de fevereiro de uma revista publicada pela Escola do Comitê Central do Partido Comunista. A declaração de Yongyin tem relação com a ameaça do Google, em janeiro, de encerrar suas operações na China após sofrer um sofisticado ciberataque em seu sistema de e-mail vindo do país.
Este mês, a imprensa ocidental publicou reportagens sugerindo que militares chineses com laços com o governo estariam envolvidos nos ataques ao Google. Segundo o Financial Times, analistas americanos acreditam que o criador do spyware que atingiu o sistema da empresa da Califórnia seria um consultor de segurança chinês que teria divulgado partes do código em um fórum online para hackers e o descrito como algo em que estava ‘trabalhando’. Este internauta trabalharia como freelancer e não teria lançado o ataque, mas membros do governo teriam ‘acesso especial’ ao seu programa. Informações de Emma Graham-Harrison e Chris Buckley [Reuters, 22/2/10].