Mulheres que trabalham na Agência France-Presse decidiram se reunir para protestar por direitos iguais entre os sexos. Na sexta-feira (2/7), 253 jornalistas – cerca de ¾ do total de funcionárias da AFP – assinaram uma petição, apoiada por 92 homens, com propostas de equilíbrio nos cargos de direção e equiparação salarial. Segundo as jornalistas, dos 836 profissionais da agência, apenas 37% são mulheres, 1/3 delas trabalha há mais de 20 anos na empresa e apenas duas ocupam cargos de alta direção. A diferença salarial entre homens e mulheres está avaliada em 12,7% (sem incluir os salários da alta hierarquia). Isabelle Germain, vice-presidente da Associação das Mulheres Jornalistas, diz que o caso não é único da AFP e que o modelo típico de dirigentes de companhias de mídia é sempre ‘um homem branco de 45 a 50 anos de idade’. Informações de Catherine Mallaval [Libération, 2/7/05].
Egípcios pedem mais liberdade de imprensa
Cerca de 200 jornalistas egípcios fizeram manifestação na semana passada no Cairo pedindo o fim do controle oficial sobre a imprensa. Parte dos profissionais presentes trabalha para veículos estatais. O protesto foi organizado por um grupo chamado Jornalistas pela Mudança, informam as agências Reuters [4/7/05] e AP [4/7/05]. A maior preocupação da imprensa do país árabe, atualmente, é a aprovação pelo parlamento de novos tipos de ofensa que podem levar jornalistas à prisão. O presidente Hosni Mubarak já disse que seria favorável a que as leis mudassem, acabando com a pena de prisão para repórteres ou editores. No entanto, nenhum projeto neste sentido está em andamento. O governo diz que os meios de comunicação oficiais serão imparciais na corrida presidencial que vive o país. No entanto, enquanto Mubarak, candidato à reeleição, tem cada passo coberto por estes veículos, quase nada sai sobre a oposição.